Brics: Lula define compromissos e troca presentes com líderes no Rio

brics3A-lula-define-compromissos-e-troca-presentes-com-lideres-no-rio

Brics: Em agenda com lideranças no Rio, Lula troca presentes e define
compromissos

Presidente brasileiro deu uma caixa de carnes da Friboi para o primeiro-ministro
do Vietnã e recebeu, em troca, uma caixa de tilápia. Lula classificou o ato como
“primeira exportação” desses produtos entre os dois países.

Presidente brasileiro deu uma caixa de carnes da Friboi para o primeiro-ministro
do Vietnã e recebeu, em troca, uma caixa de tilápia. Lula classificou o ato como
“primeira exportação” desses produtos entre os dois países.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou neste sábado (5), no Rio de Janeiro, da programação oficial da Cúpula dos Brics, com a realização do Fórum Empresarial do Brics, pela manhã, e reuniões bilaterais, durante a tarde, com representantes de países membros e parceiros do grupo.

Na ocasião, Lula trocou presentes com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, no que chamou da “concretização da primeira exportação de carne bovina” para o país asiático.

Lula deu uma caixa da Friboi para o primeiro-ministro e, em troca, Pham Minh
Chinh deu uma caixa de tilápia vietnamita para Lula, confirmando, ainda segundo
o presidente brasileiro, a primeira exportação desse produto ao Brasil.

Em publicação em uma rede social, Lula ainda afirmou ter interesse em negociar um acordo comercial com o Vietnã.

Reafirmei o interesse da presidência brasileira do Mercosul em abrir frente
de negociação de um acordo comercial com o Vietnã. Nos comprometemos a
realizar, o mais breve possível, missões empresariais, com o propósito de
ampliar as oportunidades de comércio e investimentos de parte a parte”, escreveu o presidente.

Mais cedo, na reunião com o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali,
o presidente brasileiro tratou sobre o potencial de cooperação entre os dois
países nas áreas de agricultura, mineração, energia, indústria e meio ambiente.

Lula também determinou o envio de uma missão empresarial brasileira à Etiópia.
Segundo ele, o objetivo é “continuar identificando oportunidades para aprofundar
o comércio e os investimentos bilaterais”.

Após o encontro, Lula informou que Abiy Ahmed Ali confirmou participação ativa
na COP30, em Belém, no Pará, em novembro.

Lula também se reuniu com representantes da Nigéria, Abu Dhabi e com o
primeiro-ministro da China, Li Qiang.

Pela manhã, Lula participou da abertura do Fórum Empresarial do Brics, evento
que antecede o encontro de líderes do agrupamento internacional formado
por 11 países (leia mais abaixo).

Na abertura do evento, o presidente defendeu a criação de uma “governança
multilateral”
para regras sobre inteligência artificial e afirmou que o desenvolvimento da
tecnologia sem “diretrizes claras” traz “riscos e efeitos colaterais”.

Chefes de Estado e representantes de países-membros e parceiros do Brics vão se
reunir, entre domingo (6) e segunda-feira (7), em uma cúpula na capital do Rio
de Janeiro.

A reunião é considerada o ponto alto da presidência do Brasil no grupo, que será
exercida ao longo de 2025.

Entre os líderes que confirmaram presença, estão o presidente da África do Sul,
Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

A expectativa é que o encontro debata temas como combate à pobreza, financiamento climático, comércio e inteligência artificial.

Uma das propostas é criar uma parceria para eliminar doenças ligadas à miséria e ampliar o acesso democrático a tecnologias.

Atualmente, o Brics conta com 11 países-membros e dez países-parceiros:

Membros: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes
Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia.
Parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia,
Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

O grupo se define como um foro de articulação político-diplomática. O objetivo
do Brics é fomentar a cooperação econômica e política entre os membros.

Segundo apurou a TV Globo, três chefes de Estado de países-membros não devem
participar da cúpula: Vladimir Putin (Rússia), Xi Jinping (China) e Abdel Fattah al-Sisi
(Egito).

O evento terá segurança reforçada, com Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e
restrição de voos.
O embaixador Maurício Lyrio, do Itamaraty, coordena os trabalhos como sherpa
brasileiro.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp