Cabo se rompe, ponte cai e seis pessoas estão desaparecidas entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul

ponte

Uma ponte caiu com cerca de 50 pessoas e seis estão desaparecidas desde a madrugada desta segunda, 20. A estrutura sobre um rio entre Passo de Torres, em Santa Catarina, e Torres, no Rio Grande do Sul, tinha limite máximo para travessia de apenas 20 pedestres e ciclistas. Bombeiros estão fazendo buscas na região.

 

De acordo com relatos, um grupo de cerca de 100 foliões retornavam das comemorações de carnaval no lado catarinense, quando um cabo do lado direito da ponte pênsil se rompeu. Outras versões sugerem que eram 50. Ainda não há confirmação se todos os desaparecidos estavam na ponte, mas nenhum deles voltou para casa até o início da tarde de hoje.

 

“O CBM-SC [Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina] pede para que as pessoas que tiverem familiares desaparecidos e que possivelmente estariam no local, busquem as forças de segurança informando o desaparecimento. Assim as buscas por vítimas serão feitas de forma mais concreta”, detalhou a corporação.

 

Os bombeiros afirmam que grande parte das vítimas que caiu com a ponte conseguiu nadar e salvar. Os feridos resgatados foram levados para hospitais na região.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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