Cachoeira Alta volta atrás, acata decisão judicial e suspende shows

Cachoeira Alta volta atrás, acata decisão judicial e suspende shows

A Prefeitura de Cachoeira Alta resolveu acatar a decisão judicial sobre a não realização de shows no “Juninão do Trabalhador”. Com isso, não houve as apresentações sertanejas durante o evento na noite desta sexta-feira, 17. A prefeitura também não divulgou como ficam as atrações para este sábado, 18.

Das apresentações previstas para o evento, apenas a dupla Di Paulo e Paulino subiu ao palco. O show ocorreu na quinta-feira, 16, horas após a decisão judicial ser publicada. Com isso, a prefeitura deve arcar com R$ 50 mil em multa, prevista na liminar.

Na última quinta-feira, 16, o desembargador Amaral Wilson de Oliveira, acatou o pedido do Ministério Público (MP) de suspender os gastos com shows sertanejos durante a festa junina do município. Na decisão, o magistrado questionou que o município, “com cerca de 13 mil habitantes, apresenta diversas deficiências, principalmente relacionadas à saúde e educação” esteja destinando recursos para festas.

Além disso, o desembargador disse que o país ainda se recuperam de um momento de recessão causado pela Covid-19 e que o investimento mínimo “dos recursos destinados à saúde, ou até mesmo à educação por exemplo, as quais sim abrangem toda uma comunidade, não deveria ser justificativa para tamanhos gastos em outra área”.

Na última segunda-feira,13, o juiz Filipe Luis Peruca, havia liberado a prefeitura gastar o valor de R$ 1,5 milhão com os shows e realizar o evento. Na ocasião, ele alegou que a Justiça não deveria interferir na gestão administrativa.

O Diário do Estado ligou no telefone fixo da prefeitura de Cachoeira Alta e para o prefeito do município, porém ambos não atenderam.

Confira a programação e os cachês previstos para o evento:

  • Dupla Di Paulo e Paulino: R$ 85 mil; (Única realizada)
  • Padre Alessandro Campos: R$ 135 mil;
  • Barões da Pisadinha: R$ 400 mil;
  • Empresa de produções culturais: R$ 358 mil;
  • Empresa de segurança: R$ 76,8 mil;
  • Dupla Max e Luan: R$ 50 mil;
  • Dupla Rio Negro e Solimões: R$ 150 mil;
  • Dupla João Vitor e Ruan: R$ 22 mil;
  • Cantor Leonardo: R$ 310 mil.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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