O governador Ronaldo Caiado (DEM) anunciou que o Governo de Goiás irá triplicar o valor investido em merenda escolar a partir deste ano. Segundo Caiado, em 2022 será investido cerca de R$139 milhões na alimentação das crianças, destacando o aumento nos repasses, que será de 307% maior em relação a 2021, quando a verba destinada foi de R$45 milhões.
“É dinheiro que investimos para dar qualidade de vida aos nossos estudantes”, disse o governador. Ele também explicou que os valores serão acrescidos em todas as modalidades educacionais. As escolas de tempo integral recebem mais recursos para merenda escolar porque oferecem três refeições por dia e devem atender 70% das necessidades nutricionais dos estudantes.
O último reajuste da alimentação escolar, no estado, foi de 20%, no início de 2017. Na época, o governo federal também reajustou o valor repassado aos estados e municípios com a mesma porcentagem. Segundo a superintendente de Organização e Atendimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Patrícia Coutinho, o principal objetivo do aumento é diversificar e melhorar a alimentação das escolas.
“A nossa orientação para as escolas é que melhorem, não somente a porção de comida do aluno, mas também o cardápio dos estudantes, para ele ser mais variado, ter mais fruta, arroz e feijão dentro da escola”, detalhou.
O novo cardápio será concretizado ainda no início do ano letivo de 2022. A Seduc, juntamente com a Coordenação Regional de Educação (CRE) de cada município, refez no final de 2021 todos os cardápios da merenda escolar para o ano seguinte.
Alimentação é supervisionada por nutricionistas
Os cardápios das escolas são montados por cada CRE, sob orientação e supervisão de nutricionistas da Seduc, considerando os hábitos alimentares e a vocação agrícola de cada região. Os cardápios devem atender as necessidades nutricionais estabelecidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a resolução nº 26 do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE).
Nas unidades regulares, a alimentação deve atender, no mínimo, 20% das necessidades nutricionais diárias dos estudantes. Já nas escolas indígenas e quilombolas, esse percentual sobe para 30%, enquanto nas escolas de tempo integral, o percentual é de 70%, com a oferta de três refeições por dia.