Caiado vai isentar contribuição previdenciária de aposentados com salário de até R$ 3 mil

Cartões do Aluguel Social e Mães de Goiás, são entregues em Goiânia e outros três municípios

O governador de Goiás Ronaldo Caiado (DEM), anunciou nesta quinta-feira (14) que pretende isentar servidores públicos aposentados da contribuição previdenciária. Durante o discurso, em São Paulo, logo após o leilão da Celg T, ele disse que o governo irá encaminhar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

De acordo com Caiado, todos os recursos da venda da estatal serão destinados a previdência do Estado.

 “Fizemos a tarefa de casa. Tudo será investido no déficit da previdência”, destacou governador. “Amanhã (sexta-feira, 15) encaminharemos uma emenda para que o corte seja de R$ 3 mil”, concluiu.

Atualmente, os aposentados desta faixa salarial têm 14,25% de contribuição descontada na contribuição. Caso PEC passe por aprovação, então, eles não terão mais esse valor de desconto dos vencimentos. “Não é justo que tenhamos esse mesmo patamar para pessoas que ganham acima de um salário mínimo”, justificou o governador. Os beneficiários que recebem a acima de R$ 3 mil, também serão beneficiados com a porcentagem de contribuição reajustada.

Leilão da Celg T

A venda da Celg T foi um negócio altamente lucrativo para o Governo de Goiás. De acordo com o governador, “isso mostra quando um Estado é bem administrado, e quando se tem respeito para com bem público”, disse Caiado.

Ainda de acordo com Caiado, os recursos da venda da Celg T, de 1,997 bilhão terão repasse integral para a Previdência. “O dinheiro será 100% repassado à previdência dos servidores. Este é o compromisso que temos. Ao receber esse valor, será repassado 100% para que possamos ter compromisso com os aposentados e o futuro reserve o pagamento para essas pessoas todo final de mês”.

A compra da estatal foi feita pelo grupo EDP, que participou do leilão por meio da Pequena Central Hidrelétrica. O diretor-presidente da empresa, João Marques da Cruz, disse ter uma estratégia forte de aposta no mercado brasileiro.  “Vamos conseguir rentabilizar com grande qualidade operacional, (..) Estamos implementando uma estratégia forte, de aposta no mercado brasileiro e de aposta nas redes”, afirmou o representante da empresa vencedora.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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