Candidatos ao Concurso Unificado poderão anotar respostas das provas

Os mais de 2,1 milhões de candidatos que fizerem as provas do Concurso Público Nacional Unificado em 18 de agosto receberão duas folhas para anotar as respostas que foram marcadas nos cartões do candidato. Cada folha será entregue no respectivo período das provas: uma pela manhã, a outra, à tarde.

O papel somente poderá ser usado para anotações pelos candidatos que ficarem até os 30 minutos finais das provas, em cada turno. Além disso, a folha com as anotações das respostas da prova do primeiro turno não poderá ser levada para dentro da sala no período da tarde. Este papel deverá ser guardado no envelope fornecido pelos fiscais para guardar objetos pessoais, como telefones e chaves.

Mudança

Inicialmente, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) havia decidido não fornecer essas folhas por questões de segurança. Órgãos federais apontaram o uso do recurso por quadrilhas para fraudar concursos.

A alteração na decisão ocorreu em resposta aos pedidos dos candidatos para o fornecimento das folhas para anotações. O MGI firmou acordo com a Defensoria Pública da União e o Ministério Público para permitir que os candidatos comparem suas respostas com os gabaritos oficiais.

“Entendemos as expectativas e o direito dos candidatos de registrar suas respostas. Cada candidato receberá uma folha de rascunho do cartão de respostas com o número exato de questões, permitindo o preenchimento preciso”, explicou o coordenador-geral de Logística do CPNU, Alexandre Retamal.

Ele reforçou que é fundamental que os candidatos estejam cientes de duas regras importantes: a folha de respostas utilizada pela manhã não pode ser levada em mãos para dentro da sala de prova no período da tarde (a folha deverá ser colocada no envelope próprio fornecido pelos fiscais).

Horários

Os candidatos farão as provas conforme um dos oito blocos temáticos de cargos, escolhido no ato de inscrição.

Pela manhã, os portões dos locais de provas do CNPU serão abertos às 7h30 (horário de Brasília). Nesse turno, os inscritos para os blocos de nível superior (1 a 7), responderão 20 questões objetivas (de múltipla escolha) sobre conhecimentos gerais e uma questão dissertativa de conhecimento específico. Para o bloco de nível médio (bloco 8), os candidatos farão 20 questões objetivas – de múltipla escolha – e uma redação.

No período vespertino, os portões abrirão às 13h (horário de Brasília). À tarde, os candidatos dos blocos de nível superior (1 a 7), responderão a 50 questões objetivas – de múltipla escolha – de conhecimentos específicos.

Enquanto os inscritos no bloco de nível médio farão mais 40 questões objetivas (de múltipla escolha). As provas para o nível médio não incluem questões dissertativas, apenas a redação no período matutino.

Cartão de Confirmação

O Cartão de Confirmação de Inscrição será liberado no dia 7 de agosto, no site da banca examinadora do certame, a Fundação Cesgranrio [https://cpnu.cesgranrio.org.br/login ]. Todos os candidatos devem verificar possíveis mudanças nos locais de aplicação das provas, após três  meses de adiamento da prova devido à situação de emergência que afetou o Rio Grande do Sul, consequência das fortes chuvas em maio.

Para consultar o cartão, o participante deve acessar a área do candidato com login e senha únicos do portal do governo federal, o Gov.br

Embora não seja obrigatório, o MGI recomenda que o participante leve o cartão de confirmação no dia das provas remarcadas.

No dia da prova

As provas do chamado Enem dos Concursos serão aplicadas em 228 municípios das 27 unidades da federação, em 18 de agosto.

Os candidatos que prestarão as provas deverão levar caneta esferográfica preta transparente, garrafa d’água transparente e, se desejarem, alimentação em embalagens fechadas.

Os celulares e outros equipamentos eletrônicos podem ser levados ao local, mas devem ser desligados e guardados em envelope seguro fornecido pelos fiscais de sala durante a prova.

A divulgação dos cadernos de provas, em formato de PDF, será feita após às 20h, no mesmo dia de aplicação das provas. A imagem do cartão-resposta somente será disponibilizada em 8 de setembro.

Os 2,1 milhões de candidatos do concurso unificado disputam 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos da administração pública federal.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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