Durante a semana, duas chapas confirmaram a inscrição para as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Goiás (OAB-GO), marcada para o dia 19 de novembro. O período de inscrições teve início na última quarta-feira (6) e vai até o dia 20 de outubro.
Os primeiros registros oficializam as candidaturas dos advogado Pedro Paulo de Medeiros, pela chapa Muda OAB, e Rafael Lara Martins, que conta com apoio do atual presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio de Paiva, pela chapa Compromisso com a Advocacia.
Além dos dois concorrentes, outros dois também devem confirmar a inscrição na disputa até o fim do praz: Rodolfo Otávio Mota, atual presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag), e Valentina Jungmann, conselheira federal que conta com o apoio do antes pré-candidato, Julio Meirelles.
Chapas
O advogado Pedro Paulo Medeiros, da Muda OAB, foi o primeiro a registrar oficialmente a chapa, sob o número 5. O número foi o mesmo utilizado nas eleições em que disputou anteriormente, em 2018. Para celebrar o lançamento da chapa, membros e apoiadores participaram de uma festa no Clube Jaó. Na ocasião, o advogado criminalista afirmou que espera resgatar o respeito e o prestígio à Ordem, que considera estar sem força na última gestão.
“Hoje, diante da inércia da Ordem, ficamos todos sujeitos ao que está estampado nos jornais: colegas torturados, poder judiciário retornando horário único, custa judiciais altas, juízes e desembargadores que não nos atendem, assessores que muitas vezes até nos maltratam, isso quando nos recebem. Isso precisa mudar e vai mudar comigo”.
Já o advogado Rafael Lara, registrou a chapa Compromisso Advocacia com o número 1. O lançamento oficial aconteceu na noite da última quinta-feira (30), com a presença de mais de 2.200 pessoas, segundo os organizadores. Durante o evento, o advogado também declarou querer recuperar a moral da Ordem. O discurso, no entanto, difere do adversário, já que o candidato defende que o trabalho já tem sido edificado nos últimos seis anos.
“Hoje a gente pode falar de advocacia, de compromisso com uma advocacia pós-pandemia, que quer cada vez mais ficar perto e próxima da Ordem. E é o que nós vamos construir, aliados da tecnologia e da multiplicidade das pessoas que estão aqui, porque nós temos compromisso com a advocacia”, explicou o candidato, que conta com o apoio da gestão atual.
Novos registros
Durante a semana, a advogada Valentina Jungmann participou de uma reunião com parte dos integrantes da chapa OAB para a Advocacia. Em conversa com o Diário do Estado, ela confirmou que fará o registro da candidatura na próxima semana.
A confirmação da pré-candidatura é oficial desde 16 de setembro, quando o advogado Julio Meirelles declarou o apoio oficial à Valentina. Anteriormente, Julio era pré-candidato à presidência, mas optou por unir à plataforma, por conta dos ideais convergentes entre as duas campanhas.
“Nosso foco é na gestão voltada para o jovem em início de carreira, para a mulher advogada e para a advocacia do interior. São os segmentos que mais sofreram com a pandemia. Nos unimos por mais do que pragmatismo político, mas por uma união de ideias”, declarou o advogado.
Para Valentina Jungmann, a aliança “representou o reconhecimento, por um dos pré-candidatos, que, após 80 anos da nossa instituição, chegou a vez de uma mulher Advogada assumir a presidência da OAB-GO.” Além dessa, a chama Movimento Advocacia Unida, do advogado Rodolfo Otávio Mota, também deve confirmar a inscrição antes do fim do prazo. A finalização da pré-campanha ocorreu no último sábado (2), quando o candidato se encontrou com apoiadores.
De acordo com os coordenadores da pré-campanha, o evento foi fundamental para ganhar o engajamento necessário para a disputa. Segundo os dados da organização, somente no dia do evento, foram mais de 300 menções de apoiadores nos stories do Instagram, entre vídeos e imagens capturados durante o evento. No total, o número representa um alcance cerca de 35% acima da média, e um engajamento 15% superior.
Composição
A formação das chapas deve conter 49 titulares, além de outros 49 advogados suplentes. Os grupos também devem incluir três concorrentes a conselheiro federal titular, três para conselheiro federal suplente, cinco diretores titulares da Casag e cinco diretores adjuntos da Casag.
Além disso, existe uma regra de percentual de candidatos mulheres e negros dentro das chapas. “Para registro, a chapa deverá atender ao percentual de 50% para candidaturas de cada gênero e, ao mínimo, de 30% de advogados negros e de advogadas negras”, esclarece o texto.
A regra de percentual de mulheres vale para o conselho seccional, diretorias, Casag, cargos de titulares e suplentes. Por outro lado, a cota para negros conta o total de cargos por chapa, e não por órgão do grupo.