Casal de acumuladores é detido em operação da Prefeitura em Araçatuba

Casal de acumuladores é detido em operação da Prefeitura em Araçatuba

Nesta segunda-feira,22, um casal de acumuladores foi detido durante uma operação de retirada de lixo da Prefeitura de Araçatuba, no interior de São Paulo. O casal se recusava a desapegar dos entulhos do imóvel da família, localizado no bairro Parque Verde.

Segundo a Secretaria de Assistência Social da cidade, os moradores sofrem do transtorno de acumulação compulsiva, caracterizado pela dificuldade persistente em descartar ou se desfazer de bens materiais. A ansiedade acaba gerando o congestionamento do ambiente ou até mesmo uma superlotação.

Servidores do município e representantes do Conselho Tutelar estiveram na residência pela manhã com ordem judicial para iniciar a retirada do entulho acumulado no local. O casal apresentou resistência à atuação do Poder Público chegando a agredir uma guarda municipal que acompanhava a limpeza, ela precisou de atendimento médico.

Foram necessárias 40 pessoas no primeiro dia da ação, que removeu 30 toneladas de lixo. A operação que dará continuidade nesta terça-feira,23, prevê que até 70 toneladas sejam retiradas do imóvel. Foram encontrados objetos e animais mortos como um cachorro e mais de 60 animais peçonhentos.

Além disso, uma força-tarefa para atender os adultos de jovens de 16 e 18 anos que moravam na residência foi montada oferecendo assistência social e auxílio a saúde física e psicológica dos quatro moradores do local.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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