Casos de dengue em Goiânia apresentam queda, mas cuidados devem ser constantes

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou, no início da semana passada, o Boletim Epidemiológico de Arboviroses referente à Semana Epidemiólogica 48 do ano, que revela a continuidade da tendência de queda nos casos de dengue na Capital. Entretanto, mesmo com a redução, a população é alertada sobre a necessidade de cuidados constantes, especialmente com a chegada do período chuvoso.

Conforme o boletim, o acumulado do ano registra 21.579 notificações suspeitas de dengue, com 18.377 casos confirmados e seis óbitos. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a Capital apresenta uma redução de 63%, com 60.454 casos suspeitos e 45.359 confirmações em 2022.

Em relação às últimas duas semanas, houve uma diminuição de 83% nos casos de dengue confirmados. No boletim divulgado em 27 de novembro, referente à Semana Epidemiológica 47, eram 142 casos confirmados, enquanto no documento publicado em 4 de dezembro, com dados da Semana Epidemiológica 48, o número caiu para 84 casos.

A notificação de casos de chikungunya também apresentou uma queda de 27,9%, comparando os números até 4 de dezembro deste ano com o mesmo período do ano anterior. Foram 428 casos confirmados em 2023, em comparação aos 546 de 2022. Quanto à zika, foram notificados 22 casos suspeitos em 2023, sendo 21 descartados e um em investigação. Todos os seis casos suspeitos de febre amarela em humanos foram descartados após exames laboratoriais.

O titular da SMS, Wilson Pollara, destaca que, apesar da queda nos registros, as ações de rotina e o alerta à população permanecem fundamentais. “Os cuidados devem ser diários por todos nós, uma vez que o cidadão tem papel fundamental na luta contra o mosquito Aedes aegypti”, ressalta o secretário. Ele enfatiza que as equipes de Agentes de Combate às Endemias (ACEs) seguem cumprindo uma rotina de ações, que incluem vistorias domiciliares, controle por meio de armadilhas de oviposição, fiscalização e limpeza compulsória, além de bloqueio de casos notificados.

Cuidados

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos devem ser limpas com escova e sabão.

Lotes baldios

A manutenção adequada de lotes também é fundamental para evitar focos do mosquito. Tanto que a legislação municipal, detalhada no Código de Posturas de Goiânia, destaca a responsabilidade do proprietário ou responsável por manter lotes vagos limpos e drenados, além de evitar materiais nocivos à saúde coletiva. O descumprimento das normas pode resultar em multa de R$ 1 mil, e a limpeza, quando executada pela Prefeitura, gera custos ao proprietário na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Descarte clandestino de entulho

Outro desafio enfrentado pela Prefeitura é o aumento de 70% no descarte clandestino de entulho na cidade nos últimos seis meses, conforme dados da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). A média mensal de remoção de entulho subiu de 48.470 toneladas em 2022 para mais de 82.290 toneladas entre maio e outubro deste ano. A Prefeitura alerta para a legislação que impõe multas aos infratores, que podem chegar a R$ 5 mil em casos de flagrante de descarte irregular.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Polícia pede exumação de ex-marido de mulher que fez bolo em confraternização e matou três pessoas

Polícia Pede Exumação de Ex-Marido de Mulher do Bolo

A Polícia Civil de Torres, no interior do Rio Grande do Sul, está investigando um caso grave envolvendo a morte de três pessoas e a internação de outras duas após o consumo de um bolo preparado por uma mulher. A polícia solicitou a exumação do ex-marido da suspeita, buscando esclarecer as circunstâncias da morte dele.

A mulher, conhecida como a ‘mulher do bolo,’ preparou o bolo que, segundo as investigações, continha substâncias tóxicas. O incidente resultou na morte de três pessoas e na hospitalização de duas outras. A polícia está trabalhando para determinar se há uma conexão entre a morte do ex-marido e o incidente com o bolo envenenado.

Segundo a polícia, o marido da suspeita morreu em setembro por intoxicação alimentar e a morte não foi identificada pois foi considerada como ‘causa natural’.

Bolo envenenado

A confraternização familiar aconteceu na última segunda-feira, 23. Após o consumo do alimento, uma criança e quatro mulheres foram internadas no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes com sintomas de intoxicação alimentar.

Na madrugada de terça-feira, 24, duas delas morreram e, na manhã do mesmo dia, outra pessoa morreu. As vítimas foram identificadas como Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, e Tatiana Denize Silva dos Santos, 23 anos, vítimas de parada cardiorrespiratória. A terceira pessoa foi identificada como Neuza Denize Silva dos Anos, de 65 anos, mãe de Tatiana e irmã de Maida, que morreu vítima de pós-intoxicação alimentar.

Segundo a polícia, os corpos foram enviados para necropsia no Instituto-Geral de Perícia (IGP) para investigação de causa de morte. Os alimentos recolhidos também passaram por perícia.

“Nós temos informações, inclusive, que tinha uma maionese lá que estava vencida há um ano. Havia, de fato, produtos vencidos na residência. Foi encontrado um frasco, um remédio, que não é tarja preta, que dentro dele deveria haver cápsulas e não havia cápsulas. Havia um líquido branco. E esse líquido branco será periciado também”, explicou o delegado Marcos Vinícius Velho.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp