Estado reforça combate ao Aedes Aegypti

O penúltimo sábado do mês de novembro marca o Dia Nacional de Combate ao Aedes Aegypti, mosquito responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya. A data reforça a necessidade de um trabalho conjunto entre poder público e população para a realização de ações de combate ao vetor.

Goiás registra, ao longo de 2023, um total de 60.394 casos confirmados e 25 mortes por dengue. A doença é considerada hoje como um dos principais problemas de saúde pública no estado. Apesar de um cenário melhor em relação a 2022 – foram 189.074 registros e 184 mortes – a doença ainda precisa de atenção, principalmente diante da aproximação do período chuvoso.

“Houve uma redução de 60% nos caso de dengue, comparado com o mesmo período do ano passado. Mas isso não é uma situação que nos deixa tranquilos, porque sabemos que a ocorrência de epidemias acontece em ciclos”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Flúvia Amorim.

Em 2023 já foram confirmados 2.030 casos de chikungunya e 7 mortes pela doença. Já o zika vírus teve – durante os 11 meses desse ano – 23 confirmações, sendo 3 delas em gestantes. Não há óbitos registrados pela doença neste ano.

 “Já foi confirmado pelos cientistas brasileiros que existe uma associação entre a infecção de zika em gestante e microcefalia em fetos recém-nascidos. Então, é muito importante que as gestantes, nesse período do ano, se protejam”, reforça a superintendente.

De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), apesar das chuvas verificadas nas últimas semanas, o período chuvoso só deve começar no próximo mês.

 “Os ovos do Aedes podem ficar até um ano, um ano e meio na natureza, aderido a algum tipo de objeto, só esperando água. Quando vêm as chuvas, ali pode se transformar em criadouros e em apenas sete dias já se transformar em um mosquito adulto”, ressalta o coordenador de dengue, zika e chikungunya da SES-GO, Murilo do Carmo.

COMBATE AO VETOR

O trabalho de combate ao Aedes Aegypti é feito de forma integrada entre todas as esferas da sociedade. As secretarias municipais de saúde atuam de forma direta no combate ao vetor. Já a Secretaria de Estado da Saúde realiza ações complementares.

A pasta faz o monitoramento dos casos, a distribuição de inseticidas para os municípios e de equipamentos que são usados para fazer o controle químico. Além da capacitação para os profissionais que atuam no controle do mosquito e nas capacitações dos agentes comunitários e de controle de endemias.

Mesmo assim, a população desempenha papel fundamental no controle do Aedes Aegypti, já que a maioria dos criadouros do mosquito está nos imóveis residenciais.

 “Se você tem na sua casa qualquer recipiente que acumule água por mais de sete dias, se ele puder ser descartado, jogue fora de forma adequada. Se ele não puder ser descartado, como, por exemplo, uma piscina, uma caixa d’água ou até mesmo um vaso sanitário que não é utilizado, proteja esse recipiente com um tecido ou uma tela para evitar que o mosquito entre em contato”, orienta Flúvia Amorim.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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