A suspeita de que a dengue tenha causado a morte de uma gestante e das filhas gêmeas deve ser confirmada em pelo menos um mês. A previsão da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) leva em consideração o trâmite envolvendo as etapas de investigação e diagnóstico. O caso ocorreu em um hospital de Goiânia na última sexta (06). Neste ano, o estado já teve confirmado um óbito de gestante pela doença, em Aparecida de Goiânia.
A vítima, a advogada Nathany Sanches, de 33 anos, estava grávida de duas meninas e passou mal na cidade onde morava, em Silvânia. Ela foi internada, encaminhada para a capital na quinta passada, não resistiu e faleceu no dia seguinte. Informações preliminares apontam que ela estaria com dengue e/ou com infecção.
De acordo com a SES-GO, os casos de morte por dengue são confirmados pelos municípios para a pasta. No entanto, a confirmação depende de análises do Laboratório Central de Saúde Pública de Goiás e de laboratórios de referência no Rio de Janeiro (Fiocruz) e no Pará (Evando Chagas), por meio do Comitê de Óbitos do Estado.
Procurada pela reportagem do Diário do Estado, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que já solicitou o prontuário da mulher ao hospital e, assim que o receber, será enviado à SES. O corpo dela foi para o Serviço de Verificações de Óbitos (SVO) da capital, onde foi coletado material.
A assessoria da Prefeitura de Silvânia foi contatada durante toda a tarde desta segunda (09) por meio de ligações telefônicas, mensagens e chamadas por whatsApp, porém não houve retorno até a publicação desta edição.
Na semana passada, a Fiocruz divulgou que uma nova cepa da dengue mais disseminada no mundo infectou um homem morador de Aparecida de Goiânia, de 57 anos de idade. É o primeiro caso no País e o segundo na América do Sul. A linhagem apresenta sintomas mais graves, mas não estaria relacionada ao boom de casos da doença que matou 25 pessoas neste ano no estado.