Cavalhadas de Palmeiras de Goiás serão realizadas neste fim de semana

A tradicional encenação da batalha entre mouros e cristãos será realizada neste final de semana na cidade de Palmeiras de Goiás. Os festejos, que fazem parte do Circuito das Cavalhadas do Governo de Goiás, ocorre nos dias 31 de maio, 01 e 02 de junho no Parque de Exposição Iris Rezende Machado.

O Circuito das Cavalhadas em 2024 abrange 15 cidades e conta com investimento de R$ 4,4 milhões, que garantirão ao público um dos mais belos espetáculos a céu aberto. Com este apoio, as Cavalhadas em Palmeiras de Goiás puderam preparar uma estrutura especial para atender a esta importante manifestação cultural.

As Cavalhadas em Palmeiras de Goiás registram mais de um século de existência. As festividades começam com as alvoradas e missas, e a tradicional cavalgada de abertura dos treinos 15 dias antes da realização das batalhas.

No primeiro dia da festa há o tradicional agito de dezenas de grupos de mascarados na praça da cidade, que seguem no entardecer com o cortejo dos cavaleiros e amazonas até o parque de exposição Iris Rezende Machado, onde é montado todos os anos o cavalhódromo da cidade.

As Cavalhadas acontecem no período noturno com sua representação da luta entre mouros e cristãos, além do protagonismo da participação de uma menina palmeirense que interpreta Floripes, filha do rei mouro, que é raptada pelo rei cristão e convence o pai a se converter ao cristianismo.

As Cavalhadas

As Cavalhadas são uma representação tradicional dos torneios medievais que recriam as batalhas entre cristãos (vestidos de azul) e mouros (trajados de vermelho). A manifestação é inspirada no livro “Carlos Magno e Os Doze Pares da França”, quando o guerreiro cristão batalhou contra os sarracenos, de religião islâmica.

No Brasil, há registro do evento desde o século XVII, geralmente durante a festa do Divino nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. No final das batalhas os cristãos vencem os mouros, que acabam se convertendo ao cristianismo.

Em Goiás as Cavalhadas são realizadas há mais de 200 anos. Uma festa que une religiosidade, cultura e valorização do patrimônio imaterial do estado com o fortalecimento do fluxo turístico e econômico das cidades que realizam os festejos. As batalhas representam a preservação da história, da cultura e da fé do povo goiano. É uma oportunidade única para se conectar com as raízes do estado e vivenciar a grandiosidade dessa tradição centenária.

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Vila Cora Coralina abre mostra africana no Dia da Consciência Negra

A Vila Cultural Cora Coralina, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), vai receber a exposição Arte Africana: Máscaras e Esculturas, uma das primeiras do gênero em Goiânia. A mostra será inaugurada no Dia Nacional da Consciência Negra, quarta-feira, 20, às 19 horas.

Evento é aberto ao público.

A exposição é composta de 416 peças da Coleção África, que reúne máscaras, estatuetas e outros objetos de uso cotidiano e ritualístico, com curadoria assinada por Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim, Renato Araújo e Danilo Garcia. É uma exposição representativa da arte tradicional africana, incluindo esculturas e conjuntos especiais, como:

  • talheres,
  • pentes,
  • polias,
  • mama watas (figura lendária da mitologia africana ocidental),
  • bronzes,
  • adornos,
  • peças ritualísticas,
  • apoios de nuca
  • e tecidos.

As máscaras são portais de cultura ancestral, simbolizando segredos e espíritos do continente africano. As esculturas também são marcadas por significados de rituais. Além disso, utensílios domésticos, instrumentos musicais e bancos de sentar formam um grande mosaico da vida e crenças do continente africano.

Dia Nacional da Consciência Negra

Para a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, a exposição “Arte Africana: Máscaras e Esculturas” não poderia acontecer em um momento mais simbólico e significativo como a abertura no Dia da Consciência Negra.

“Este é um dia de reflexão, celebração e reconhecimento das contribuições inestimáveis dos povos africanos à nossa cultura e identidade. Abrir essa exposição neste dia nos conecta profundamente às nossas raízes e nos lembra da beleza, diversidade e riqueza da arte africana”, destaca.

Coordenador da Vila Cultural, o curador Gilmar Camilo explica que a montagem da mostra foi “desafiadora”, pela quantidade de peças, detalhes e cuidados envolvidos.

“E também profundamente instigante, pelo volume de obras e significativa contribuição cultural que essa exposição representa para o Estado de Goiás e o público visitante”, completa Gilmar.

Vila Cora Coralina abre mostra africana no Dia da Consciência Negra
Mostra seguirá aberta à visitação até 6 de abril de 2025 (Fotos: Secult-GO)

Arte Africana: Máscaras e Esculturas

Arte Africana: Máscaras e Esculturas começou a ser montada no dia 1º de novembro e envolve o trabalho de 10 pessoas entre servidores da Vila Cultural Cora Coralina e equipe do coletivo cultural Bëi, sob coordenação do curador Danilo Garcia e supervisão de Gilmar Camilo.

A visitação Arte Africana: Máscaras e Esculturas estará disponível até 6 de abril de 2025. A Vila Cultural Cora Coralina funciona de segunda-feira a domingo, das 9h às 17h, com entrada gratuita. O espaço permite a entrada de animais de estimação, desde que com coleira.

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