O centro histórico de Pirenópolis pode ganhar uma nova cara em breve. Algumas intervenções foram apresentadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) à prefeitura nesta quarta (09) para serem executadas pelo. Ainda não há prazo para o início das reformas.
A requalificação urbana do largo da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário deve incluir mudanças nas áreas urbanística, arquitetônica e paisagística. Visualmente, o prédio deve receber um tapa no visual com reforço na pintura e a parte externa deve receber sinalização de estacionamento com vagas exclusivas.
As mudanças no centro histórico começaram há alguns anos com a mudança do salão paroquial, que foi removido do fundo e construído na lateral da igreja, seguida da requalificação da antiga casa paroquial, transformada em administração e adequada esteticamente ao estilo colonial do município. O largo e a Praça ficaram para esta terceira e última etapa.
De acordo com o secretário de Cultura de Pirenópolis, Ronaldo Félix, a execução do projeto depende de viabilidade financeira. “Agora, com os projetos do Iphan em mãos, buscaremos recursos junto ao governo do estado”, diz.
Segundo ele, a intenção não é específica para aumentar as chances de uma possível candidatura ao título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) – mas podem contribuir.
“O projeto da candidatura não envolve adequações pontuais e acreditamos que a cidade já tem potencial para receber um título como esse, mas entendemos que precisamos ter um trabalho contínuo de preservação e requalificação em alguns lugares para preservação de patrimônio histórico, independentemente da candidatura. Sabemos que essa intervenção vai contribuir com o processo, mas não é algo específico para isso”, frisa.
Segundo o Iphan, os projetos foram pensados e discutidos pela prefeitura municipal e comunidade para atender as principais demandas locais aliadas de forma a preservar o conjunto urbano de Pirenópolis.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário integra o conjunto urbano tombado pela autarquia na cidade, além de outros nove espaços. Ela foi construída no século 18 e é o maior edifício religioso de todo o Centro-Oeste. O largo, construído ao redor do edifício, foi palco tradicional das Cavalhadas, nas festas do Divino Espírito Santo, até a década de 1960.