Chacina em Cavalcante: MP apura caso com a colaboração da comunidade

A chacina de quatro homens em Cavalcante, a 375 quilômetros de Goiânia, será apurada pelo Ministério Público em inquérito policial à parte. O compromisso na apuração foi anunciado pelo procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, a familiares e organizações da sociedade civil. Ele promete atuação em duas vertentes: responsabilização criminal e educação junto às forças policiais por intermédio da Secretaria de Segurança Pública e Comando-Geral da Polícia Militar.

Um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi instaurado pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) que terá a apuração realizada com a colaboração da comunidade e de testemunhas. A instituição pode denunciar, processar e pedir a condenação de alguém, conforme o resultado do PIC. O objetivo é apurar a responsabilização em casos de eventuais abusos e de indução de práticas e iniciativas que materializem uma política criminal de Estado que possa ferir os direitos humanos.

Além disso, os promotores acompanharão de perto as investigações a cargo da Polícia Civil, que seguem em andamento. Uma perícia já realizada no local onde ocorreu o suposto confronto em 20 de janeiro no qual os militares atiraram 60 vezes com fuzis e pistolas para revidar tiros do grupo formado por Salviano Souza, de 63 anos, Ozanir Batista, de 47 anos, Antônio da Cunha, 35 anos, e Alan Pereira, de 27 anos.

Vecchi se manifestou durante reunião com a irmã de uma das vítimas, Maria Donizete de França, os advogados Luís Gustavo Delgado e Osman Sales Júnior, Cláudia Nunes, Ângela Cristina dos Santos, Eduardo de Carvalho, Murilo Aleixo, representantes de entidades de direitos humanos e da comunidade de Alto Paraíso e com o vereador de Goiânia Mauro Rubem.

Relembre

Atendendo a uma denúncia anônima de plantação de maconha, policiais militares se dirigiram a um lugar de difícil acesso em Cavalcante. Eles afirmam que foram recebidos no local com tiros e revidaram, o que matou quatro dos sete suspeitos enquanto três teriam fugido.

Os pés de maconha foram encontrados e incinerados após a ação policial, o que contraria a legislação e foi considerado estranho pelos investigadores. De acordo com o delegado do caso, Alex Rodrigues, apenas ele tem a competência legal para o ato e a situação encontrada não é rotina nem praxe. “A droga foi incinerada antes da minha chegada. Isso vai ser apurado o motivo”, ressalta.

Afastamento

Quatro dias depois da chacina, a Polícia Militar afastou das atividades operacionais os policias envolvidos na ação e abriu um Inquérito Policial Militar. Eles estão lotados em Niquelândia e, por isso, a 1ª Promotoria de Justiça instaurou procedimento administrativo para acompanhar o andamento da investigação.

Repúdio

Nenhum dos suspeitos mortos pelos policiais militares tinha passagem pela polícia. A população local contraria a versão dos militares ao defender no enterro dos suspeitos que os homens não tinham armas de fogo e exigiram justiça.

Uma nota de repúdio foi publicada nesta semana com a assinatura de mais de 134 organizações da sociedade civil condenando e acusando os militares de crimes como violação de domicílio, ausência de mandado judicial e extrapolação de competência.repp

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Menina de 2 anos desaparecida é encontrada dormindo em guarda-roupa no Paraná

Uma menina de 2 anos, dada como desaparecida, foi localizada dormindo dentro de um guarda-roupa na própria residência, em Rolândia, Paraná. O caso aconteceu na tarde desta terça-feira, 24, e mobilizou a Polícia Militar após a família acionar as autoridades.

Segundo relatos da avó, que estava responsável pela criança no momento, as duas brincavam na sala quando ela se distraiu por alguns instantes. Logo depois, percebeu que a menina não estava mais no local e notou que o portão da casa estava aberto.

Preocupada, a avó descreveu à polícia como a neta estava vestida, o que deu início a buscas na região. Enquanto o registro da ocorrência era realizado, a criança foi encontrada dormindo dentro de um guarda-roupa, para alívio de todos.

A Polícia Militar do Paraná reforçou a importância de atenção redobrada com crianças pequenas e destacou que, felizmente, o desfecho do caso foi positivo.

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