Pré-candidato a presidência, Ciro Gomes divulgou uma sequência de tuítes nesta quinta-feira (4) onde comunica a suspensão de sua candidatura presencial em reação à votação da bancada do PDT na Câmara dos Deputados pela aprovação da PEC dos Precatórios.
“Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios. A mim só me resta um caminho : deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição. Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo. Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas. Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional”. diz Ciro em suas redes sociais.
A PEC foi aprovada na madrugada desta quinta-feira (4) em primeiro turno na Câmara dos Deputados. O partido PDT orientou o voto ”sim”, mas seis deputados votaram contra. Outros 15 votaram favoráveis ao texto. Três não voltaram.
Criticas a Bolsonaro
Segundo o ex-governador do Ceará, Ciro diz que “não pode compactuar com a farsa e os erros” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e não pode chancelar “calotes e quebra de contratos”.
Defendida pela equipe econômica do governo federal, a PEC dos Precatórios poderá promover uma espécie de calote, já que desobriga o Estado a pagar obrigatoriamente as dívidas oriundas de decisões judiciais.
Ciro Gomes, afirmou que “justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves e desvios de verbas”.
Por meio de nota divulgada à imprensa, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou que entrará com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a manobra do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que alterou o regimento interno da Casa para permitir que 23 parlamentares votassem em viagem.
“Cumpre informar aos estimados companheiros que estou dando entrada agora, na parte da manhã, com uma ação no STF”, declarou Lupi.