Codego prepara cerca de R$ 40 milhões em investimentos para o Daia

Codego prepara cerca de R$ 40 milhões em investimentos para o Daia

O Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) receberá investimentos do Governo de Goiás, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), de quase R$ 40 milhões em 2024. Hoje, aproximadamente 200 empresas estão instaladas no local e o objetivo é expandir o polo para a chegada de novas indústrias no município.

A Codego destinará recursos para melhorias no sistema de abastecimento de água e esgoto, drenagem, iluminação e pavimentação do Daia. Destas iniciativas, três licitações já foram lançadas: R$ 17 milhões para ampliação do Sistema de Abastecimento de Água do Daia, para a construção de reservatórios metálicos; R$ 7 milhões para reforma e ampliação da capacidade do sistema de tratamento de resíduos industriais em receber efluentes, que será de 250 l/s (o dobro da capacidade atual), e R$ 1,8 milhão na iluminação.

Conforme o edital, o eixo principal que corta o Daia, a GO-330, terá a iluminação revitalizada com luminárias em LED. O serviço será executado em aproximadamente seis quilômetros da rodovia estadual para promover mais segurança e conforto àqueles que transitam diariamente pelo polo.

DaiaPlam

A expectativa é garantir um salto de desenvolvimento para o estado, já que até 200 novos empreendimentos podem ser instalados no DaiaPlam, novo distrito de Anápolis, considerado uma expansão do Daia, que será implantado com 1,1 milhão de metros quadrados de área útil.

“Estamos preparando a expansão do Daia, que terá mais de 11 milhões de metros quadrados de extensão total. E seguindo uma determinação do governador Ronaldo Caiado, lançaremos uma licitação com um novo formato para a entrega das áreas do DaiaPlam, objetivando a transparência e a eficácia para que as obras das indústrias que serão instaladas comecem o mais rápido possível. Acreditamos que, assim, traremos mais empresas para Goiás, mais arrecadação e, acima de tudo, mais empregos e qualidade de vida para os goianos”, afirma o presidente da Codego, Francisco Júnior.

Investimentos no Daia

• Valor total: R$ 38.837.000,00
✓ Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água (construção de reservatórios metálicos): R$ 17 milhões
✓ Ampliação da iluminação pública do Eixo Principal: R$ 1.846.066,86
✓ Reforma e Ampliação da ETE: R$ 7.043.816,83
✓ Manutenção (impermeabilização e pintura) do reservatório elevado: R$ 217.767,09
✓ Troca do material filtrante da Estação de Tratamento de Água (ETA): R$ 317.828,82
✓ Complementação de Infraestrutura do Daia Norte (serviços de pavimentação, drenagem, água e esgoto): R$ 12.410.829,58

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp