Colégios goianos podem ser militarizados

“Por tais razões, com vistas à ampliação desse padrão de qualidade, é que apresento a presente proposição objetivando criar colégios militares para atender também à população dos municípios de Niquelândia, Minaçu, Campinorte e Aragarças”

Com tramitação favorável em primeira votação na Assembleia Legislativa, segue nesta terça-feira (11), para segunda e definitiva votação do Plenário, o Projeto de Lei que determina a criação de Colégios da Polícia Militar do Estado de Goiás. O projeto que transforma colégios goianos em militares, de autoria do deputado Helio de Sousa (PSDB), está presente na pauta de votação da primeira sessão ordinária desta segunda semana de setembro.

A proposta determina a militarização das seguintes unidades escolares goianas: Colégio Estadual Thomaz Adorno, situado no Bairro Santa Efigênia, no município de Niquelândia; Colégio Estadual Joaquim Thomé de Almeida, situado no Centro, no município de Minaçu; Colégio Estadual Arapoema Meireles, situado no Centro, no município de Campinorte; e Colégio Estadual Mercedes Zetola, situado no Centro, no município de Aragarças.

Se aprovado, todos os colégios acima mencionados passarão a ser Colégios da Polícia Militar do Estado de Goiás. O deputado Helio de Sousa defende sua iniciativa alegando que a criação de colégios militares tem sua eficácia e credibilidade atestadas pela comunidade, que ressalta, inclusive, os ensinamentos de cidadania que são ministrados, com destaque para o respeito ao cidadão. “Por tais razões, com vistas à ampliação desse padrão de qualidade, é que apresento a presente proposição objetivando criar colégios militares para atender também à população dos municípios de Niquelândia, Minaçu, Campinorte e Aragarças”, explica. Caso aprovada na sessão, a matéria estará apta a ser encaminhada para sanção do governador de Goiás, Zé Eliton.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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