Com apoio do Governo de Goiás, exposição vence prêmio considerado “Oscar” dos quadrinhos

Com apoio do Governo de Goiás, exposição vence prêmio considerado “Oscar” dos quadrinhos

A exposição goiana Shimamoto: Mestre do Quadrinho Brasileiro, de Júlio Shimamoto, recebeu o prêmio de Melhores de 2022 na 35ª edição do Troféu HQMIX. A mostra foi realizada por meio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás (FAC), com apoio do Governo de Goiás e Secretaria de Estado da Cultura, e ficou instalada na Vila Cultural Cora Coralina entre setembro e novembro de 2022.

Shimamoto fez parte da Feira Gibirama, que reuniu centenas de desenhos originais do autor. A curadoria da mostra levou a assinatura de Márcia Deretti e Márcio Jr., este último parceiro de Shimamoto na HQ Cidade de Sangue (MMarte Produções, 2018).

“O quadrinho ainda não tem grande força na cultura, mas está em crescente desenvolvimento. É muito legal ver que esta exposição, que ocorreu na Vila Cultural Cora Coralina e teve o apoio do FAC, ganhou um prêmio tão importante. Isso impacta o setor cultural goiano, pois atinge proporções que chega a prêmios nacionais. Ressalto a importância do FAC, pois sem este apoio nada disso aconteceria”, destacou Márcio Jr.

Shima, como é conhecido profissionalmente, é considerado o maior quadrinista brasileiro por grande parte da crítica especializada. Ele tem 84 anos, sendo 64 dedicados a carreira. Coleciona prêmios tanto na publicidade quanto nos quadrinhos, tendo desenvolvido storyboards para comerciais de tevê e cinema.

O prêmio

Criado em 1988 pelos cartunistas Jal e Gual, tem a finalidade de premiar e divulgar a produção de histórias em quadrinhos, cartuns, charges e as artes gráficas como um todo no Brasil. É considerado o Oscar das premiações no setor do Brasil.

A cada ano são escolhidos, por meio de votação, os que mais se destacaram entre as várias categorias que compõem a premiação. O objetivo do troféu é divulgar, valorizar e premiar a produção de artes gráficas no Brasil. O design do troféu muda a cada ano, sempre homenageando algum personagem dos quadrinhos brasileiros. A solenidade de entrega dos prêmios deste ano ocorrerá no dia 06 de dezembro.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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