Com mais de 24 mil casos, Aparecida de Goiânia intensifica combate a dengue

O combate contra ao mosquito Aedes Aegypti, vetor de doenças como a dengue, chicungunha e zika, foi intensificado esta semana em 12 bairros de Aparecida de Goiânia, como o Jardim Buriti Sereno, Goiânia Park Sul e Jardim Boa Esperança.

Segundo o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Iron Pereira, serão realizadas ações educativas, visitas domiciliares para vistoria e orientação sobre medidas de prevenção, além da passagem da UBV veícular (“Fumacê”) e a coleta de pneus em borracharias, praças, avenidas e terrenos baldios.

“Estabelecemos uma excelente parceria com a SES para essas ações, o que fortalece ainda mais o nosso trabalho em prol da população de Aparecida. Além disso, mobilizamos 120 trabalhadores e estamos usando nove veículos utilitários, 14 motocicletas e 1 caminhão para percorrer as regiões previstas”, explicou.

População precisa ajudar

Ainda de acordo com Iron, a prefeitura irá fazer a sua parte, porém, é fundamental que a população também ajude nos combate ao inseto, visto que 80% dos focos do mosquito estão nas residências. Ou seja, é essencial que todas as pessoas tirem ao menos 10 minutos, semanalmente, para vistoriar e limpar seus imóveis. 

‘Cada um tem que entender que é responsável por seu imóvel e que tem o dever de contribuir para o bem de todo o município. Observem cuidadosamente suas casas, comércios e locais de trabalho com atenção especial para calhas, quintais, vasos de plantas, vasilhas, ocos de árvores e outros locais que possam armazenar água. E quem souber de algum possível foco pode entrar em contato conosco pelo telefone (62) 3545-4819 para solicitar o envio de uma equipe ao local apontado”, disse.

Bom exemplo

Carmen Lúcia Borges, moradora há mais de 20 anos do Buriti Sereno III, recebeu a vistoria dos agentes na manhã desta segunda-feira, 7, com muita presteza. O quintal dela é amplo, cheio de plantas e tem até uma piscina (agora desativada) com cascata. Tudo estava limpo e sem focos do mosquito, inclusive a vasilha de água do cachorrinho Black. A dona de casa contou que na rua dela muita gente já teve dengue e que ela já teve chikungunya. A doença não foi grave mas a deixou preocupada. 

“Estou quase sempre em casa e observo muito todo o meu quintal, viro as vasilhas, limpo tudo e cuido das minhas plantas sem deixar água acumulada”, frisou.

Dengue em Aparecida 

A superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Fabiana Ribeiro, acrescenta que, segundo o último boletim da SMS, referente à semana epidemiológica 43, neste ano já foram notificados 24.714 casos de dengue na cidade. Desses, 22.367 foram confirmados por meio de exames laboratoriais e 30 foram considerados graves. 

“Os números indicam um acréscimo de 118% no número de casos de dengue notificados se comparado ao ano de 2021 e comprovam que precisamos continuar em alerta permanente. Todos precisam fazer a sua parte nesse combate que requer responsabilidade social e amor à vida”, conclama a gestora.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp