Conheça a primeira criança vacinada contra covid em Goiânia

Conheça a primeira criança vacinada contra covid em Goiânia

Nesta segunda-feira (17), João Pedro Rocha, de 11 anos, foi a primeira criança  imunizada contra a covid em Goiânia. Ele chegou ao Centro Municipal de Vacinação, no setor Pedro Ludovico, com o pai às 5h30. A espera foi longa. A remessa enviada pelo Ministério da Saúde chegou ao local às 8h30 com o secretário municipal de saúde Durval Pedro, que havia buscado o lote com 8,9 mil doses disponibilizadas para crianças e pré-adolescentes na capital.

O menino celebrou com certa timidez a aplicação do imunizante. ” Me sinto aliviado e seguro porque a gente sabe que covid não é brincadeira e a gente tem que se prevenir”, afirmou. Ele convocou outras crianças a enfrentarem o medo da picada da agulha, assim como ele fez. Além de ganhar anticorpos contra o coronavírus, João Pedro recebeu da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia um mimo para ficar na memória: um certificado de coragem. O garoto saiu do posto de vacinação exibindo o papel.

“Queria pedir que todos se vacinassem porque assim a gente vai ter uma vida melhor sem a pandemia e a gente vai ter uma vida melhor  e finalmente tirar a máscara”, ressaltou o garoto. A capital recebeu 8,9 mil doses dos imunizantes da Pfizer que serão aplicados em 15 locais exclusivos de vacinação. A expectativa é que todo o grupo de 5 a 11 anos esteja imunizado com a primeira dose até fevereiro.

A mãe dele, a dentista Laudileia Tomaz Rocha, estava contente. “Chegamos cedo para garantir a dose. Pra gente é muito importante porque perdemos muito nesse período. Fico emocionada com a possibilidade de juntar a vida de novo”, afirmou.

Durval ressaltou como o dia de hoje foi importante ao dar mais esperança para as crianças. O secretário cumprimentou João Pedro pela vacinação e pediu um favor: lembrar aos seus amigos e colegas sobre a importância de continuarem usando a mascara e lavando as mãos.

A representante da Sociedade Goiana de Pediatria, Marise Helena Cardoso, reforçou a importância da vacina na prevenção de formas graves da doença. “É um momento importante e feliz. Importante que todas as famílias procure o pediatra ou sociedade científica para esclarecimentos e não deixem de levarem seus filhos para se vacinarem”, disse.

Atenção

No posto de vacinação é necessário que os pais ou responsáveis legais da criança apresentem os documentos de identificação deles e do pequeno e os cartões do SUS e de vacinação. O calendário prevê a imunização por idade decrescente, não é necessário agendamento nem há drive-thru para esse público.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda atenção dos acompanhantes das crianças antes e após a vacinação. A autarquia orienta observar a cor do frasco. Para os pequenos, ela é laranja, e para os adultos, roxo. Outra recomendação sugere a permanência dos meninos e meninas no local onde a dose foi aplicada por 20 minutos para observação.

Vacinação de crianças na capital

A vacinação deve envolver exclusivamente crianças de 5 a 11 anos. A aplicação das doses ocorrerá no SF Leste Universitário, CS Cidade Jardim, Ciams Novo Horizonte, USF Parque Santa Rita, UDF Guanabara I, USF São Judas Tadeu, USF Alto do Vale, USF Vila Mutirão, USF Boa Vista, Centro Municipal de Vacinação, Upa Novo Mundo, USF Recanto das Minas Gerais, USF Goiânia Viva USF São Francisco e USF Jardim do Cerrado IV.  O funcionamento dos locais de vacinação são das 8 horas às 17 horas, de segunda a sexta, e de 8 horas às 16 horas, aos sábados.

Calendário de vacinação das crianças em Goiânia:

  • De 17 a 19 de janeiro: crianças de 11 anos
  • De 20 a 22 de janeiro: crianças a partir de 10 anos
  • De 24 a 26 de janeiro: crianças a partir de 9 anos
  • De 27 a 29 de janeiro: crianças a partir de 8 anos
  • De 31 de janeiro a 2 de fevereiro: crianças a partir de 7 anos
  • De 3 a 5 de fevereiro: crianças a partir de 6 anos
  • De 7 a 9 de fevereiro: crianças a partir de 5 anos
  • De 10 a 12 de fevereiro: repescagem

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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