Comissão da Câmara aprova meia-entrada para agentes de segurança pública

Assim como estudantes e idosos, integrantes de órgãos de segurança pública poderão ter direito à da meia-entrada. A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que oferece o benefício à categoria, mediante a apresentação da carteira de identidade funcional.

O projeto aprovado é um substitutivo ao Projeto de Lei 1662/23, de autoria do deputado Fausto Santos Jr (União-AM), e foi elaborado pelo relator, deputado Sargento Gonçalves (PL-RN). A medida, justificam, tem como objetivo valorizar e prestigiar os profissionais, por entenderem que desempenham um papel crucial no combate ao crime.

O substitutivo altera a Lei 12.933/13, que estabelece descontos de 50% no preço dos ingressos para eventos artísticos, culturais e esportivos destinados a estudantes, pessoas idosas, pessoas com deficiência e jovens carentes de 15 a 29 anos. A meia-entrada será garantida para até 40% do total de bilhetes disponíveis.

O parecer do relator ajusta o texto original, mantendo o seu propósito. Sargento Gonçalves expressou seu apoio à iniciativa, afirmando: “Sou favorável a que toda medida que valorize e prestigie os agentes de segurança pública. Afinal, eles estão na linha de frente, lutando no dia-a-dia contra criminosos.”

O deputado Fausto Santos Jr., autor da proposta, destacou que o objetivo do projeto é estimular atividades de lazer, esportivas, culturais e de entretenimento para melhorar a qualidade de vida e fortalecer os vínculos familiares dos profissionais de segurança pública.

O projeto segue em tramitação e ainda será analisado pelas comissões de Cultura e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo.

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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