Última atualização 05/10/2023 | 16:01
O festival Lollapalooza foi notificado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), na quarta-feira, 04, devido a uma denúncia realizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) sobre problemas na venda de meia-entrada. De acordo com a organização, o artigo 8º do Decreto 8.537/2015, que regulamenta a lei estabelece que o benefício se aplica a todas as categorias de ingressos disponíveis para venda ao público em geral, incluindo camarotes, áreas especiais e cadeiras especiais.
A UNE propõe que os estudantes paguem metade do preço da “Entrada Social”, que é uma opção de ingresso com desconto, oferecida ao público em geral em troca de uma doação para instituições de caridade.
No site, há três preços por tipo de ingresso do Lollapalooza:
- Lolla Pass: Preço integral de R$ 2.700, Entrada Social por R$ 1.525 e Meia-entrada por R$ 1.350.
- Lolla Lounge by Vivo: Preço integral de R$ 5.580, Entrada Social por R$ 4.375 e Meia-entrada por R$ 4.200.
- Lolla Confort: Preço integral de R$ 4.800, Entrada Social por R$ 2.680 e Meia-entrada por R$ 2.400.
Através de uma nota, a UNE relatou que é “louvável o estabelecimento de campanhas de doação e auxílio às instituições de caridade, mas não há de se permitir que por trás de uma ação social se estabeleça ingressos pela “metade do dobro”, tolhendo, portanto, direito arduamente conquistado pelos estudantes e demais beneficiários da meia-entrada.”
Já a secretaria notificou a Rock World, a Ticketmaster e Live Nation a prestar “esclarecimentos sobre a discrepância nos preços praticados, visando garantir o cumprimento dos direitos dos estudantes à meia-entrada, conforme estabelecido em lei.” As empresas têm 24 horas para responder ao órgão.
Em nota, o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, afirma que “é fundamental assegurar que os estudantes tenham acesso facilitado a eventos culturais. A meia-entrada é um direito previsto em lei e deve ser respeitada. A Senacon está comprometida em investigar e tomar as medidas necessárias para garantir a proteção dos consumidores, em especial dos estudantes”.