Como o fim da escala 6×1 impactará seus salários

O debate sobre o fim da escala de trabalho 6×1, onde o trabalhador trabalha seis dias e folga um, tem ganhado força nas redes sociais e no Congresso Nacional. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada de trabalho semanal de 44 para 36 horas, mantendo o salário atual. No entanto, essa mudança pode ter implicações significativas nos salários e na economia.

Uma das principais preocupações é como a redução da jornada de trabalho pode impactar os salários. Segundo Paola Gabriela de Carvalho Tosta, especialista em Direito do Trabalho no PGBR Advogados, a redução da carga horária mínima de oito horas semanais pode ser utilizada para manter os salários, mas também pode ser objeto de negociação para redução proporcional da remuneração. Isso já ocorreu no Brasil em programas de preservação de empregos durante o governo Dilma e durante a pandemia do Covid-19.

A redução da jornada de trabalho sem a devida remuneração suficiente para a subsistência familiar pode levar os trabalhadores a buscar meios de complementação de renda. Por exemplo, empregados em regime 12×36 frequentemente usam o tempo de descanso para trabalhar em outros empregos ou aumentar sua renda.

Se o salário for reduzido proporcionalmente, encargos como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também serão reduzidos. No caso do INSS, a diminuição da remuneração pode implicar na redução do percentual devido pelo empregado. No entanto, se o salário for mantido, a redução da jornada não afetará esses encargos.

O economista Igor Lucena, CEO da Amero Consulting, alerta que a transição para reduzir a jornada de trabalho sem impactar o salário não é simples. A principal dificuldade é que o custo de produção inevitavelmente aumentará. Um estudo da VR mostra que 51% das empresas que usam a escala 6×1 estão no segmento do comércio, como bares, restaurantes e serviços administrativos. Isso pode levar a um repasse de preços para o consumidor final, gerando pressão inflacionária.

O economista Josias Bento, sócio da GT Capital, concorda que a situação gerará um efeito cascata em setores de alta competitividade, como o varejo, onde parte do aumento é transferida para os preços finais. Além disso, os altos custos de contratação podem incentivar a substituição de trabalhadores por tecnologia, especialmente em áreas como atendimento e produção.

A proposta de Erika Hilton visa mudar o artigo 7º da Constituição Federal para estabelecer uma jornada de trabalho de 36 horas semanais, com quatro dias de trabalho e três de descanso, sem redução salarial. No entanto, parlamentares e entidades empresariais criticam a proposta, argumentando que ela acarretaria prejuízos econômicos, aumento de custos e desemprego.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) defendem que as negociações coletivas são o melhor caminho para ajustes na jornada de trabalho, em vez de uma imposição via lei. Eles argumentam que a nova legislação poderia enfraquecer o diálogo entre empregadores e empregados e afetar principalmente os micro e pequenos empresários.

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Pai de Neymar acumula dívidas milionárias e calote de R$ 207, revela site

Neymar da Silva Santos, pai do famoso jogador Neymar Júnior, revelou em uma entrevista ao podcast Round Cast que conquistou sua fortuna antes do filho. No entanto, apesar do sucesso financeiro, o empresário enfrenta sérios problemas com dívidas e processos judiciais, tanto no âmbito pessoal quanto empresarial.

De acordo com informações do portal Extra, a Neymar Sport e Marketing LTDA ME, empresa de Neymar Pai que administra os contratos de seu filho, acumula uma dívida de R$ 10.485.896,66 com o fisco, referente a impostos não pagos. Os débitos incluem valores de R$ 1.720.229,66 de 2022 e R$ 7.217.820 de 2024, relativos a tributos municipais em São Paulo, que foram inscritos na dívida ativa da prefeitura.

Além disso, a empresa de Neymar Pai também tem 56 multas de trânsito em aberto desde 2018, com valores que variam entre R$ 12,76 e R$ 140, totalizando R$ 1.912,34.

Na esfera pessoal, Neymar Pai também enfrenta dificuldades financeiras. Em agosto de 2020, teve um título protestado no valor de R$ 207 devido a um calote na cidade de Santos. Ele também é proprietário de empreendimentos em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde deixou de pagar boletos. O empresário também não quitou uma dívida com a empresa fornecedora do sistema de ar-condicionado para a cobertura de quatro andares do filho, o ‘Neyplex’. O maior débito pendente é de aproximadamente R$ 5 mil, em atraso desde abril deste ano.

Apesar das dívidas, Neymar Júnior continua sendo um dos atletas mais bem pagos do mundo. De acordo com a lista divulgada pelo portal Sportico, ele ocupa a 16ª posição entre os esportistas mais ricos do planeta, sendo o único brasileiro na relação de 50 personalidades. A fortuna do jogador é estimada em R$ 6 bilhões, valor que está majoritariamente vinculado às empresas de seu pai.

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