Comunidade adere ao projeto Disque-Árvore para preservar o verde da cidade

À medida que o sol da tarde se projeta sobre as ruas de Goiânia, uma sombra ainda tímida na Rua Professor Peclat, na Vila Megale, é lançada por uma muda de árvore, plantada nesta semana pela Prefeitura de Goiânia, por solicitação de Silvia Maria Pereira, proprietária de um salão de beleza no local, por meio do Disque-Árvore da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). Além do endereço da cabeleireira, mais de 7 mil mudas de árvores foram plantadas nas calçadas da cidade, tudo graças aos pedidos feitos pelos moradores pelo WhatsApp do programa (62) 9 9639-7495.

Desde o seu lançamento, em 2021, o Disque-Árvore tem transformado a paisagem urbana da Capital, que é mais verde do Brasil, com o apoio de pessoas como Silvia Maria. Ela nomeou a árvore como ‘beleza única’ e agora aguarda ansiosamente o dia em que a sombra da árvore se estenderá pela porta de sua casa, que também é o seu local de trabalho. “O cuidado com o meio ambiente é essencial para o futuro das próximas gerações. Amo a natureza e quando fiquei sabendo do Disque-Árvore, não hesitei e logo solicitei um exemplar”, compartilha Silvia, ao destacar a facilidade e rapidez do processo, que não tem custo.

O diferencial do Disque-Árvore está na sua simplicidade e eficiência. De janeiro a setembro deste ano, 1.113 solicitações foram atendidas pela Amma. As equipes técnicas avaliam cada local e consideram os aspectos como a largura das calçadas, fiação elétrica, entradas de garagem e até as possíveis encanações de esgoto. “Esse cuidado prévio garante que as mudas sejam plantadas de maneira adequada e contribui não apenas para a estética, mas, também, para o equilíbrio térmico da cidade”, ressalta o presidente da Amma, Luan Alves.

Foi exatamente seguindo essas orientações que o empresário Alexandre Castro solicitou o plantio no inicio do ano e foi atendido em menos de uma semana. O que começou como pedido de uma muda acabou se transformando no plantio de três árvores em frente ao seu comércio. “Quando enviei a mensagem, achei que eles viriam aqui e plantariam apenas um exemplar, mas, quando chegaram, avaliaram que era melhor o plantio de três mudas de árvores”, conta ele, surpreso com a generosidade do programa.

Além da sombra que a cabeleireira Silvia Maria e Alexandre Castro esperam ser contemplados nos próximos anos, as árvores desempenham um papel fundamental na melhoria do ambiente urbano. Elas oferecem equilíbrio térmico, reduzem a velocidade do vento, conservam a umidade do solo e tornam a cidade mais agradável visualmente. Por isso, a ação da Prefeitura de Goiânia tem entre suas premissas a participação popular a favor da natureza. “A intenção é engajar as pessoas e motivar ainda mais o plantio em calçadas para ampliar a arborização urbana”, avalia Luan Alves.

Ao fazer o pedido, o morador responde previamente a um formulário do Google, com dados pessoais e fotos da calçada onde deseja o plantio.

De acordo com o superintendente de Gestão Ambiental e Licenciamento da Amma, Ormando Pires, o plantio é agendado para que a equipe realize o serviço da forma correta e faça as orientações devidas. “A Amma leva em uma van a muda de árvore, gradil para proteção e a compostagem, que é uma mistura com folhas das podas de árvores de parques e outras matérias orgânicas”, pontua.

A política ambiental adotada pela Prefeitura torna Goiânia em um exemplo de sustentabilidade, com isso, o projeto Disque-Árvore continua a colher os frutos pelas ruas da Capital, além de conquistar os corações daqueles que não esperam apenas por sombras, mas reconhecem, como a Silvia e o Alexandre, a importância de preservar e proteger o meio ambiente. Com cada muda plantada a cidade se transforma e promove uma mudança positiva e prol das gerações futuras.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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