Consumida regularmente por 71% da população, pizzas originais ganham espaço na mesa dos goianos

Ela é italiana e era limitada até receber um toque brasileiro na receita. A pizza assada com massa, redonda e recheada com molho de tomate e muçarela é coisa do século 18. Para atrair clientes, satisfazer diferentes paladares ou mesmo dar asas à imaginação, os sabores, formatos e forma de preparo da iguaria surpreende até mesmo quem atua na área da gastronomia. Que tal conhecer algumas estrelas das pizzarias goiana e brasileira neste dia 10 de julho em que se celebra esse prato?

 

A mistura de ingredientes em Goiás tornou o menu de pizzarias de Goiânia inusitado. Por aqui, o tão amado e tão odiado pequi ganhou espaço ao lado do frango e um pouco de açafrão. Batizada de Vila Boa, em homenagem ao local que mais tarde seria a cidade que sediaria a antiga capital goiana, a pizza da À Moda da Casa Pizzaria atrai os mais curiosos interessados em avaliar a combinação.

 

Quadrada, o prato da Pirineus Pizzaria também atrai muitas famílias curiosas. Os clientes têm a possibilidade de escolher massa tradicional ou integral e uma lista enorme de opções para saborear do clássico ao mais diferente batizados com atrações de Pirenópolis, como a chamada Piri Pequi (guabiroba, frango e molho de pequi) e Babilônia (queijo brie, rapadura e pera).

 

A banana reina plenamente nas versões criativas da Suprema Pizza e da Pizzaria Cento e Dez. No primeiro estabelecimento, a sertaneja traz carne seca, queijo coalho e a fruta frita enquanto no segundo ela surge, também frita, com presunto e queijo. A escolha do Ateliê – Pizza, Café, Arte, por outro lado, foi mais pesada com uma espécie de pizza tropeira: a Araxá tem mussarela, couve, linguiça, alho frito e ovo estalado.

 

O topo do ranking de apresentações talvez seja o da rede Candeeiro. Os amantes de açaí podem se deliciar com a fruta típica do norte do País com rodelas de banana, granola e leite condensado na forma arredondada e servida em fatias. O local também oferece pizza chocolate branco com uvas, de sorvete e também de estrogonofe de frango.

 

As criações premium conta com apreciadores, por isso a Pitigliano Pizzaria possui com um cardápio diferenciado. O filé mignon ganha acompanhamento de champignon, catupiry, molho de tomate e orégano, de muçarela, alho frito, azeitonas, molho de tomate e orégano ou ainda de gorgonzola, muçarela, rodelas de tomate, molho de tomate.

 

No caso da Síria, a delicadeza do peru defumado se mistura à cebola, coalhada seca, za’atar, azeitonas portuguesas, molho de tomate e orégano para garantir sabor encorpado. O bacalhau integra o rol de estrelas da casa, assim como alho negro, burrata e alho poró. A maçã se destaca entre as opções doces em uma massa com muçarela, canela e amêndoas.

 

“O mercado busca a influência regional e de fora do Brasil. A pizza se tornou democrática e isso é o interessante dela devido à possibilidade de variações. Uma feita na capital pode ser muito diferente das vendidas no interior. Nas escolas de gastronomia, inclusive, os cursos de pizza são um dos mais procurados. As versões salgada e doce do açaí no norte brasieliro são as mais diferentes na minha opinião, como professor”, explica o gastrônomo do  Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Goiás, Alessandro Silva.

 

Genialidade

 

A introdução de elementos da culinária regional e internacional na pizza faz sucesso em outros lugares do Brasil. Em São Paulo, há versões com sushi, coxinha, hot dog, amendoim,  melado de cana, churrasquinho, banoffee e coração de galinha e no Rio de Janeiro há uma de Doritos com Cheddar.

 

Já no sul, pétalas de rosa importadas, farofa crocante e sorvete brilham na versão curitibana da pizza. Entre os mineiros de Belo Horizonte, o fondue de queijo é vendido com  presunto de parma e orégano em formato redondo. Para os baianos e turistas de Salvador a pizzajé pode ser considerada uma releitura do acarajé com a massa de feijão fradinho, camarão seco, cebola, tomate, coentro e azeite de dendê.

 

Uma pesquisa publicada recentemente pela a Associação Pizzarias Unidas do Brasil aponta que 62% da população do Centro-Oeste utilizam catchup na pizza, 71% come pizza regularmente e pagam entre R$20 e R$40 por uma pizza grande, em média. A preferência nacional é a de calabresa acompanhada por coca-cola, de acordo com o levantamento.

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