Coordenadora de colégio é denunciada por obrigar aluna a comer ovo cru, em Anápolis

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A coordenadora de uma escola estadual em Anápolis, região central de Goiás, está sendo investigada após suspeita de ter dado ovo cru a uma aluna de 11 anos. A denúncia foi feita pela mãe da criança à Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e está sendo investigada pela Polícia Civil (PC).

De acordo com a mãe da estudante, a filha teria levado um ovo para a sala de aula com o objetivo de brincar com as amigas no intervalo, simulando que o ovo era um bebê. Porém, um colega de sala viu a situação e chamou a professora, que levou a menina até a coordenação da escola. 

No local, a coordenadora teria obrigado a aluna a comer o ovo cru inteiro e ainda ameaçou aplicar outra advertência. A menina, então, tomou o ovo e voltou para a sala de aula passando mal. 

A mãe da criança, que não quis se identificar, ficou indignada com a situação. De acordo com ela, a coordenadora assumiu ter obrigado a menina a beber ovo como punição por ela ter levado o alimento para a sala de aula. 

Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Goiás (DPCA) vai apurar se houve violação dos direitos da criança e acompanhar a menina. 

Em nota, a DPCA diz que a coordenadora será intimada a depor e ouvida nos próximos dias. 

Confira a nota:

“A DPCA-Anápolis instaurou investigação policial a partir do RAI registrado pela genitora de uma aluna da rede pública estadual que noticiou que a criança teria sido obrigada pela coordenadora da escola a engolir um ovo cru, sob alegação de que seria uma medida disciplinar. A coordenadora teria suspeitado de que a aluna levou o ovo para jogar em alguém e então a fez engoli-lo cru. Confirme a criança, sua intenção ao levar o ovo para a escola era de participar de uma brincadeira com as colegas, em que o ovo fosse um filho imaginário dela. A coordenadora da escola será intimada e ouvida nos próximos dias. Sua conduta, em tese, configura o crime de maus tratos, previsto no artigo 136, parágrafo 3. do CPB”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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