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Coronavírus não foi vazado intencionalmente, segundo estudo

Última atualização 27/02/2023 | 16:43

Pouco mais de três anos após os primeiros registros de covid no mundo, as dúvidas sobre a origem do coronavírus começa a desaparecer. Os cientistas ainda não têm explicação unânime, mas um segundo documento do alto escalão norte-americano descarta a possibilidade de a disseminação do microorganismo ter ocorrido intencionalmente. A transmissão por animais também foi abolida. 

 

A hipótese mais provável é a de vazamento acidental de um laboratório chinês, segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos. A perspectiva é a mesma do Departamento Federal de Investigação (FBI). O trabalho de revisão das análises  e publicação das conclusões foi uma determinação do presidente Joe Biden  em maio de 2021 à comunidade de inteligência do País, composta por 18 instituições.

 

O entendimento é diferente do apresentado por outras quatro agências e um painel de inteligência, que consideram ter sido uma transmissão natural do coronavírus. Duas integrantes do grupos se mantém indecisas sobre o assunto. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não se posicionou a respeito, principalmente por apontar dificuldade em encontrar dados, informações ou mesmo visitar a China pela falta de apoio do governo comunista nacional.

 

Segundo informações de bastidores reveladas no periódico Wall Street Journal, membros do Departamento de Energia têm “baixa confiança” na probabilidade de disseminação acidental, enquanto aqueles do FBI teriam “confiança moderada”. A preocupação com a biossegurança na China inicou em 2018, conforme atestam telegramas dos governos norte-americano e de Pequim. Oficialmente, a covid teve o foco em Wuhan, em novembro de 2019. A pandemia foi decretada pela OMS em março de 2020. O isolamento social, uso de máscara e de álcool em gel nas mãos se tornaram a estratégia de prevenção.

 

No Brasil, a teoria de coronavírus criado a partir de outro em laboratório ganhou força com a narrativa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele não citou a China ou apresentou provas, mas argumentou que haveria interesse em crescimento econômico. “É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra?”, disse em maio de 2021.