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Covid-19 tira Maguito do primeiro turno em Goiânia

Última atualização 27/10/2020 | 13:27

Em entrevista ao jornal Diário do Estado, a médica pneumologista e professora da faculdade de medicina da Universidade Federal de Goiás, Dra. Fernanda Miranda, fez uma análise do quadro de saúde do candidato a prefeito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB). Maguito foi infectado pelo vírus da covid-19 na semana passada, precisando ser internado. Na manhã desta segunda feira, 26, o candidato foi transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital que estava internado. 

Maguito tem 71 anos de idade, mas, segundo comunicado à imprensa, o político apresenta um quadro clínico estável, com pressão, função cardíaca e renal normais. Também está acordado e lúcido. 

Em relação ao quadro de Maguito, que segundo a assessoria, está estabilizado e mesmo assim necessita do apoio da UTI, a médica explica que “ele está estabilizado, recebendo assistência médica de uma equipe fantástica, está recebendo todo suporte. Às vezes é necessário pesar o risco benefício de manter o paciente só em domicílio, em uma internação, será que não é o momento de manter o paciente monitorado de perto? A gente não espera o paciente agravar para colocar em um suporte intensivo, às vezes um suporte intensivo é para prevenir que aconteça um agravamento. Produz mais conforto para o paciente na parte respiratória. A UTI serve para isso, manter o paciente monitorado e confortável, damos suporte intensivo para prevenir que ajuda piora”, informa. 

Questionada sobre o processo de recuperação do candidato, a profissional de saúde, declara que “não é raro, mesmo nos casos considerados leves da doença, permaneçam sintomáticas por bastante tempo. Muitas vezes o paciente não se sente completamente restabelecido, mesmo passado mais de três semanas de doença. Quando mais grave a doença foi, mais tempo pode levar para o paciente se restabelecer clinicamente”, destaca. 

A médica explica que após sair da UTI, não é necessário mais realizar o isolamento. “O vírus se mostra competente para ser transmitido até dois dias antes de iniciar os sintomas e até o nono dia iniciado sintomas. Se eu adoeci hoje, apresentando os sintomas, eu transmitirei por 9 dias. Em casos raros, os vírus podem ser transmitidos por mais tempo”, relata. 

“Acredito que em três semanas ele pode continuar trabalhando na política. Para trabalhar virtualmente sim, para esforço demasiado não, é necessário cuidado, que seja retomado de forma gradativa. É necessário demorar para retomar suas atividades, mesmo que se sinta bem, existe uma fadiga crônica vista na covid-19.”, finaliza. 

Assista a entrevista na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=y_YFipVIvJg