CPP de Aparecida vai receber mutirão carcerário no próximo mês

Entre os dias 19 e 23 de setembro a Casa de Prisão Provisória (CPP), que fica localizada no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, receberá um mutirão carcerário. Uma unidade de trabalho entre a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil (Seção Goiás) analisará aproximadamente 1,2 mil processos de presos provisórios.

Mutirão na CPP de Aparecida tem como intuito verificar os processos de condenados, definitivos ou não, nas varas criminais e nas de execução penal, quanto à expedição de guias de recolhimento para execução e quanto à unificação ou à soma de penas. Para desafogar a unidade, irão ser transferidos presos com mandado de prisão de outras instâncias de Goiás e de outros estados.

A força-tarefa foi anunciada na última quinta-feira, 4, após reunião coordenada pelo desembargador Anderson Máximo, supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário de Goiás (GMF-GO), em conjunto com Telma Aparecida Alves, juíza e coordenadora do GMF.

O diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires afirma: “Estamos alinhando ações urgentes que possam, de fato, minimizar a superlotação dentro da Casa de Prisão Provisória”. A CPP tem capacidade original de 800 detentos, porém abriga aproximadamente 2,3 mil custodiados.

A DGAP fez um acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para liberar a construção de 1,6 mil novas vagas no Complexo. Criando 800 vagas para presos provisórios e outras 800 para detentos do regime fechado. Este processo licitatório está em fase final, com investimento de R $96,7 milhões.

 “Acreditamos que a conclusão dessas obras seja possível em até 180 dias do seu início”, completa Josimar Pires.

Anderson, por sua vez, concorda e acha fundamental essa união de esforços entre os componentes do sistema prisional. 

 “Temos uma expectativa muito positiva em relação ao mutirão. Porém, só será possível com a atuação de todos envolvidos na Justiça Criminal, para que possamos otimizar os trabalhos e detectar os desafios”, diz.

Por fim, Marco Túlio Félix, coordenador do Núcleo Especializado de Direito Humanos da DPE-GO, também ressaltou a importância da união de todos os envolvidos nesta força-tarefa. 

“Estamos unindo esforços para tentar sempre reduzir danos. Temos um atraso histórico neste tema, mas, com essa construção conjunta, conseguiremos minimizar esses problemas.”

Mutirão da Cidadania em Saúde na CPP de Aparecida

Além do mutirão carcerário, nas mesmas datas, 19 a 23 de setembro, a CPP receberá o 1ª Mutirão da Cidadania em Saúde. Evento oferecerá atendimentos voltadados a área da saúde. Com a organização da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária e Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em parceria com Ministério Público, OAB-GO e Defensoria Pública.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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