Cruzeiro nudista de 11 dias explorará o Caribe com 2 mil pessoas

A companhia de turismo Bare Necessities Tour & Travel anunciou um cruzeiro nudista de 11 dias, nos Estados Unidos (EUA), com itinerário saindo de Miami em direção ao Caribe. Os ingressos para o cruzeiro que vai acontecer em 2025 já estão à venda.

A embarcação de 968 pés (quase 300 metros), que pode acomodar até 2.300 passageiros, foi renomeada como “The Big Nude Boat” (O Grande Navio de Nudismo, em tradução livre) para a viagem.

Os valores para o cruzeiro começam em torno de US$2.000 (cerca de R$10 mil), por uma villa de luxo e três quartos os nudistas podem desembolsar mais de US$33.000 (R$165 mil).

 Os passageiros estarão sujeitos a regras enquanto estiverem a bordo do cruzeiro. Eles terão que se cobrir caso desembarquem do navio para fazer algum passeio turístico.

 A Bare Necessities já fretou mais de 75 cruzeiros para o nudismo no passado. Um passageiro contou sobre a sua experiência em uma postagem no Reddit.

“Os cruzeiros parecem ser para pessoas que gostam de comer e de se deitar, por isso havia muita gente grande”, admitiu o homem de 67 anos. “Além disso, a maioria das pessoas não parece se sentir confortável em ficar nua em público até mais tarde na vida, então a multidão era mais velha. Eu diria 20% atraente, 20% médio, 60% pouco atraente”, acrescentou.

Regras

  • Quando o navio está ancorado no porto, todos os passageiros devem se manter vestidos. Apenas quando a embarcação ganha o mar é que um anúncio é feito de que a nudez é, novamente, permitida                                                                                                                                                                   
  • Roupas são necessárias em todas as salas de jantar do navio — peças casuais são aceitas, roupões não. É possível comer nu apenas no deque, uma área “livre de roupas”                                                                                                                                                                 
  •  Lingerie, vestimentas de fetiche e joias genitais ‘excessivas’ não são consideradas apropriadas em nenhum momento                                                                                                                                                         
  • Sente-se em uma toalha sempre que estiver nu — ou use uma calcinha ou fio dental. Uma toalha de praia limpa é oferecida nas cabines diariamente para este uso
  • Não se pode manipular ou tocar inapropriadamente partes ‘particulares’ do corpo de outro passageiro, assim como está proibida a atividade sexual explícita ou quaisquer demandas por atos sexuais
  • Comportamento perigoso ou rude não é tolerado
  • É também expressamente proibido estar nu em frente a outros navios no porto ou enquanto autoridades portuárias estão conduzindo sua inspeção a bordo do navio
  • Fazer fotos, vídeos ou imagens eletrônicas sem o consentimento explícito do indivíduo em questão também é proibido. Há partes do navio como as casas noturnas e os arredores da piscina em que fotos não são permitidas — ali, os equipamentos podem acabar confiscados.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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