Data Venia: Vítimas de violência doméstica acolhidas

O juiz Rodrigo de Castro Ferreira, de Jataí, está mobilizando a cidade para dar mais autoestima às mulheres vítimas de violência doméstica na cidade. Em parceria com a Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Subseção de Jataí, Prefeitura de Jataí, Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto Federal de Goiás (IFG), psicólogos, cabeleireiros e manicures, o magistrado quer devolver às vítimas de agressões físicas e psicológicas o amparo necessário para que elas reassumam suas vidas. O objetivo é prevenir, acolher, proteger e empoderar a mulher vítima de violência doméstica.

Juizado realiza força-tarefa
Mais de 2 mil atos foram realizados pela Divisão de Atividades Específicas da Corregedoria Geral da Justiça de Goiás (CGJGO) em auxílio ao 1º Juizado Especial da Fazenda Pública de Goiânia. Entre os dias 10 de janeiro e 16 de fevereiro deste ano, foram efetuados pela equipe 2.587 atos processuais, que resultaram em 2.397 sentenças, 117 despachos e 73 decisões.

STJ quer votação rápida da PEC
Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) defenderam a rápida votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 209/2012, durante encontro com líderes partidários da Câmara dos Deputados. O texto, que estabelece um filtro de admissibilidade para os recursos especiais, foi aprovado em primeiro turno, em dezembro do ano passado, e aguarda a última rodada de votação para ser encaminhado ao Senado.

Dispensa de funcionária com cardiopatia
Um laboratório de medicina foi condenado a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais a uma empregada com doença cardíaca que foi dispensada imotivadamente e teve seu plano de saúde cancelado devido à demissão. A decisão foi do juiz titular da 16ª Vara do Trabalho de Brasília (DF), Luiz Fausto Marinho de Medeiros.

Curso para juízes federais

A Escola de Magistratura Federal (Esmaf) da 1ª Região promoveu no auditório do Edifício-sede da Seção Judiciária de Goiás, curso de Gestão Estratégica e PJe, que aborda temas como o planejamento estratégico, metas aplicáveis e ferramentas de acompanhamento. Os temas abordados se inserem dentro de um cenário em que se buscam melhorias no atendimento célere ao cidadão, usuário final dos serviços judiciários.

Posse do novo ministro do STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) dará posse a Alexandre de Moraes no cargo de ministro, em sessão solene marcada para o dia 22 de março. O decreto de nomeação de Moraes foi assinado pelo presidente da República, Michel Temer, em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU). Alexandre de Moraes vai ocupar vaga decorrente do falecimento do ministro Teori Zavascki, ocorrido em janeiro deste ano.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Senado retoma debate de PEC que pode privatizar praias

Duas praias brasileiras estão na lista "100 das Praias Mais Incríveis do Mundo"

O Senado volta a discutir nesta segunda-feira (27) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022 que transfere a propriedade dos terrenos do litoral brasileiro, hoje sob o domínio da Marinha, para estados, municípios e proprietários privados. Aprovado em fevereiro de 2022 na Câmara dos Deputados, a PEC estava parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado desde agosto de 2023.

Uma audiência pública discute hoje o tema, que está sob a relatoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e enfrenta resistência da base governista. Organizações ambientalistas alertam que a proposta traz o risco de privatização das praias por empreendimentos privados e pode comprometer a biodiversidade do litoral brasileiro.

Além das praias, a Marinha detém a propriedade de margens de rios e lagoas onde há a influência das marés.

De acordo com o Observatório do Clima, “esse é mais um projeto do Pacote da Destruição prestes a ser votado. Isso põe em risco todo o nosso litoral, a segurança nacional, a economia das comunidades costeiras e nossa adaptação às mudanças climáticas”.

Para o grupo que reúne diversas entidades de defesa do clima e do meio ambiente, os terrenos da Marinha são guardiões naturais contra enchentes, deslizamentos e eventos climáticos extremos.

“Essa defesa é essencial para a nossa segurança e resiliência. Essas áreas preservam nossa biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas costeiros. Privatização pode trazer danos irreversíveis”, afirmou o Observatório, em nota.

A PEC exclui o inciso VII do artigo 20 da Constituição, que afirma que os terrenos da Marinha são de propriedade da União, transferindo gratuitamente para os estados e municípios “as áreas afetadas ao serviço público estadual e municipal, inclusive as destinadas à utilização por concessionárias e permissionárias de serviços públicos”.

Para os proprietários privados, o texto prevê a transferência mediante pagamento para aqueles inscritos regularmente “no órgão de gestão do patrimônio da União até a data de publicação” da Emenda à Constituição. Além disso, autoriza a transferência da propriedade para ocupantes “não inscritos”, “desde que a ocupação tenha ocorrido pelo menos cinco anos antes da data de publicação” da PEC.

Ainda segundo o relatório, permanecem como propriedade da União as áreas hoje usadas pelo serviço público federal, as unidades ambientais federais e as áreas ainda não ocupadas.

Defesa

O senador Flávio Bolsonaro defende, em seu relatório, que a mudança é necessária para regularizar as propriedades localizadas nos terrenos da Marinha. “Há, no Brasil, inúmeras edificações realizadas sem a ciência de estarem localizadas em terrenos de propriedade da União”.

Segundo Flávio, “os terrenos de marinha causam prejuízos aos cidadãos e aos municípios. O cidadão tem que pagar tributação exagerada sobre os imóveis em que vivem: pagam foro, taxa de ocupação e IPTU. Já os municípios, sofrem restrições ao desenvolvimento de políticas públicas quanto ao planejamento territorial urbano em razão das restrições de uso dos bens sob domínio da União”.

O senador fluminense argumenta ainda que a origem do atual domínio da Marinha sobre as praias foi justificada pela necessidade de defesa do território contra invasão estrangeira, motivo que não mais existiria, na visão do parlamentar.

“Atualmente, essas razões não estão mais presentes, notadamente diante dos avanços tecnológicos dos armamentos que mudaram os conceitos de defesa territorial”, disse no parecer da PEC.

Audiência

Na audiência pública desta segunda-feira, a CCJ do Senado deve ouvir a Coordenadora-Geral do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Marinez Eymael Garcia Scherer; a representante Movimento das Pescadoras e Pescadores Artesanais (MPP); Ana Ilda Nogueira Pavã; o diretor-Presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa; o prefeito de Florianópolis (SC), Topázio Silveira Neto, entre outros convidados.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp