De Edéia às passarelas: goiana de 6 anos é sucesso mundial em concursos de beleza

Foi usando um vestido cor de rosa que Charlotte Moroni entrou para receber o prêmio de Mini Miss Universo, após vencer a grande final do concurso que aconteceu na última segunda-feira, 22, na Colômbia. Moradora de Edéia, a 125 km de Goiânia, a  garota de apenas 6 anos foi escolhida pelos juízes entre 30 participantes de várias partes do mundo para receber a coroa e a faixa de uma das mais importantes competições de beleza.

A cerimônia de encerramento do concurso aconteceu no Centro de Convenções de Cartagena das Índias. Na ocasião, outras mini misses também foram eleitas em três categorias: 7 a 10 anos; 10 a 13 anos; e 13 a 16 anos. Durante a comemoração, Charlotte disse que o evento foi “muito legal e divertido” e que gostou muito de tudo. A pequena miss foi acompanhada pelos pais, que se dedicavam havia dois anos para que Charlotte conquistasse esse título.

Junto a eles, também estava o consultor de misses Paulo Filho, que auxilia a família, desde 2021, a pensar em como passar nas provas. Ele acompanhou cada etapa. O consultor conta que foram cinco meses de preparação para que a garotinha chegasse até o tão sonhado prêmio, dividindo os momentos entre a passarela, aulas de interpretação e de espanhol.

‘’A Charlotte teve uma preparação integral, desde comunicação em português e espanhol, aulas de passarela, ensaios fotográficos, gravação de vídeos promovendo o Brasil. Fora isso, com sua mãe eu planejei todo guarda-roupa e estratégia de competição.’’ conta Paulo Filho.

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Paulo Filho acompanha Charlotte desde os quatro anos de idade. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Competição

A goiana interpretou um dos melhores monólogos de toda a competição. Vestida com um traje desenhado especialmente para ela pela estilista Brunna Bee, Charlotte levou diversos elementos animais da fauna brasileira, como tucanos, araras, papagaio, onça pintada, além de asas de borboletas, o inseto favorito da pequena miss.

Look foi chamado de Metamorfose. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Já na interpretação, ela leu o monólogo escrito por Paulo Filho, totalmente em espanhol. Os detalhes foram pensados durante os dois anos de preparação para a competição mundial.

Começo do sonho de miss

Chaychay, como é apelidada, nasceu em Edéia. Filha de agricultores, a pequena entrou no mundo dos desfiles aos 4 anos de idade após ser selecionada durante um evento na capital. Desde então, a família concilia os estudos da pequena com a preparação para premiações e desfiles de marca.

‘’Ela sempre gostou de subir aos palcos. Procuramos uma escola de modelo, ela aprendeu a desfilar e modelar. Hoje é formada em desfiles’’ conta a mãe ao Diário do Estado.

Mas, fora do mundo da moda, Charlotte vive uma vida comum. Ela vai à escola, se diverte com os amigos e brinca com o irmão mais novo de apenas dois anos de idade. Além disso, ela também se dedica aos estudos online sobre atuação e interpretação, e também às aulas de espanhol.

No tempo extra, Chaychay cuida de promover seus vídeos nas redes sociais e encanta as pessoas. Ela também participa de eventos beneficentes, onde arrecada doações de brinquedos e cestas básicas.

O consultor de Charlotte diz que, agora, os próximos passos da miss é participar de entrevistas além de uma viagem até a Espanha onde irá promover o título.

“Após vencer o Mini Miss Universo ela dará entrevista para alguns programas de TV, fará fotos oficiais para o concurso internacional, fará uma viagem para Espanha para promover o título, viajará para alguns concursos no Brasil, tudo isso mantendo a rotina de estudos e as aulas de espanhol.’’ diz Paulo Filho.

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PF indiciou Bolsonaro e militares por plano de golpe e assassinato de autoridades

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, após as eleições presidenciais de 2022, nas quais Bolsonaro foi derrotado. Além do ex-presidente, a PF concluiu que mais 36 pessoas estão envolvidas, entre elas ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), e Braga Netto (Defesa), além de outros militares e aliados do ex-presidente.

O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta que os indiciados foram responsáveis por tramas golpistas, ações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, e até um plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também foi indiciado e prestou depoimento ao STF nesta quinta-feira, 21, sendo considerado um dos últimos testemunhos a serem ouvidos no caso.

Entre os crimes atribuídos aos indiciados estão: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Plano de assassinato

Além das investigações sobre os atos golpistas, a PF realizou uma operação, na terça-feira (19), contra uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. A organização, composta principalmente por militares das Forças Especiais, visava a realização de um golpe para impedir a posse do governo eleito em 2022.

A investigação revelou que o plano de assassinato foi preparado para o dia 15 de dezembro de 2022, e que Moraes estava sendo monitorado de forma contínua. A organização também tinha a intenção de criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar as consequências de suas ações.

A PF concluiu que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano, o que agrava ainda mais a situação do ex-presidente.

O 8 de Janeiro e as consequências

Em 8 de janeiro de 2023, seguidores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília, em protesto contra o resultado das eleições de 2022. O governo federal decretou intervenção na segurança do Distrito Federal e mais de 1.800 pessoas foram presas nos dias seguintes.

As investigações sobre os atos de 8 de janeiro identificaram financiadores e grupos organizados que planejaram os ataques. Bolsonaro passou a ser investigado após surgirem evidências de que ele havia incentivado discursos golpistas, levando o STF a aceitar denúncias contra centenas de envolvidos. Vários réus já foram condenados por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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