De técnico novo, Morrinhos derruba a invencibilidade do Anápolis no Goianão

Morrinhos 2x1 Anápolis Goianão 2022

A invencibilidade do Anápolis no Goianão de 2022 caiu. Na última quarta-feira (2), o Galo da Comarca visitou o Morrinhos no Estádio João Vilela e perdeu por 2×1, com o gol da vitória saindo na reta final da partida. O técnico Lucas Oliveira, comandante do Tricolor dos Palmares, estreou com o pé direito depois de substituir Giovanni Rosa, tirando o time da lanterna e o colocando no G-4 do Grupo A.

Um resultado surpreendente no Goianão

Antes da bola rolar, o Anápolis vinha de vitórias contra Goianésia e Goiás. O Morrinhos, por outro lado, vinha de derrota para o Goianésia e empate contra a Jataiense. Com 100% de aproveitamento, o Galo da Comarca entrou em campo como favorito, ainda mais contra uma equipe que amargava a última posição da chave e estava de treinador novo para a rodada. Contudo, o futebol é mestre em nos reservar surpresas.

Aos 19 da etapa inicial, Hugo soltou um petardo de longa distância e fez balançar o travessão. No mesmo minuto, o Morrinhos teve cobrança de escanteio e houve uma confusão na área, a qual o juiz enxergou como um lance faltoso. Pênalti para o Tricolor dos Palmares. Roniel foi para a marca da cal e bateu tranquilamente, rasteiro, enchendo de alegria a torcida presente no estádio. Apesar de algumas chegadas do Anápolis, o Morrinhos se manteve firme e sustentou a vantagem.

No segundo tempo, porém, o Galo da Comarca voltou com ímpeto e mais um pênalti foi marcado, agora para os visitantes. Com apenas cinco voltas no relógio, o goleiro Wallace derrubou Wandinho e Erick Bahia chamou a responsabilidade, convertendo a cobrança no alto. O duelo se encaminhava para um empate, mas Nathan recolocou o Morrinhos na frente aos 43 minutos, selando o triunfo. Confira os principais lances.

O resultado foi excelente para os vencedores, porque o Morrinhos deixou a lanterna e pulou para terceiro lugar no Grupo A. Mesmo com o revés, o Anápolis continua na liderança da chave e assim permanecerá até o fim da rodada, pois Goiás e Jataiense, que se enfrentam nesta quinta-feira (3), às 19h30, não podem ultrapassá-lo.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Descubra a Estratégia Defensiva dos Times de Fábio Carille no Vasco

Como jogam os times de Fábio Carille, novo treinador do Vasco

Contrato do treinador vale por um ano. Carille tem histórico de bons trabalhos na Série A e times sólidos na defesa

Fumaça branca na Colina! O Vasco da Gama anunciou a contratação de Fábio Carille [https://ge.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2024/12/19/vasco-assina-com-fabio-carille-contrato-de-um-ano.ghtml] como seu novo treinador para a temporada de 2025.

Após a recusa de Renato Gaúcho, Carille e Vasco chegaram a um acordo em poucas horas no anúncio feito no dia 19 de dezembro. A experiência no futebol brasileiro, com títulos de Série A e Série B, e a solidez defensiva de seus times foram fatores levados em conta na contratação.

Aos 51 anos de idade, Carille treinará sua quarta equipe no futebol brasileiro. Ele teve um começo meteórico como treinador principal, com um título Paulista e Brasileiro pelo Corinthians, em 2017. No Santos foi decisivo ao tirar o time da zona de rebaixamento em 2021. Foi vice-campeão Paulista e campeão da Série B neste ano.

Carille não “larga” de seu esquema favorito, o 4-2-3-1. Foi assim que montou o Corinthians em 2017 e 2019 e o Santos no ano passado, com uma linha de meias composta por Guilherme na direita, Giuliano centralizado e Otero na esquerda, tendo Julio Furch como referência no ataque. O treinador usou o mesmo esquema em passagens na Arábia e no Japão.

Carille costuma se adaptar ao elenco que tem, mas gosta de segurança na hora de sair jogando. No Corinthians, ele montava a saída de bola com a participação dos volantes. A saída era feita em triangulações simples nos lados, com toques rápidos em direção à área. Naquela época, Guilherme Arana tinha mais liberdade para se movimentar dentro de campo. No Santos, Aderlan e Felipe Jonathan jogavam dessa forma.

Carille não abre mão de ter ponteiros clássicos em seus times. No 4-2-3-1, ele busca variar: um dos pontas é mais tradicional, de correria e drible, o outro é mais construtor e puxa mais pelo meio, ajudando os volantes e meias a criarem jogadas. O treinador sempre demonstrou preferência por equipes que tenham um camisa 9 clássico, um centroavante de referência, e gosta de um nove que consiga atuar de costas para o gol.

A fama de retranqueiro realmente acompanha Carille, mas seus times são eficientes sem a bola. O esquema 4-2-3-1 se transforma em duas linhas de quatro na fase defensiva, evidenciando a compactação que dificulta a penetração adversária. A defesa opera em “linhas baixas”, protegendo a própria área ao invés de avançar no campo adversário. Isso significa que o time não adota uma marcação por pressão, mas sim um posicionamento estratégico, gerando a impressão de uma equipe mais defensiva.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp