De volta: Festas juninas chegam a movimentar R$100 milhões em Goiás

Chamada de quermesse, arraiá ou festa junina, a temporada de uma das maiores festas nacionais começa daqui a pouco mais de uma semana. O evento reaparece na programação de escolas, igrejas, empresas e governos a partir de 02 de junho após dois anos suspensa por causa da pandemia matando a saudade dos foliões e reaquecendo a economia. Em Goiás, o chamado movimento junino chega a movimentar R$ 100 milhões.

A festa chega a envolver cerca de 100 pessoas por grupo junino apenas na dança, sendo 1,4 mil somente de dançarinos. Segundo o presidente da Federação das Quadrilhas Juninas de Goiás (Fequajugo), Alex Gontijo, são 14 deles filiados e outros 12 independentes em atuação regional. Na cadeia produtiva da economia envolvida fazem parte setores ligados à estrutura, transporte, comida, confecção das peças, tecido, produção, cenário, cabelo, maquiagem, coreógrafo, decoração, palco e som, por exemplo.

“O movimento junino é o maior movimento cultural, artístico e folclórico do País. Muita gente diz que esse título é do Carnaval, mas não é verdade. Ele supera as festas juninas proporcionalmente apenas no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais. Todo mundo já brincou quadrilha um dia. Ela existe em qualquer lugar, em toda cidade, em todo estado, em toda currutela, em toda viela, em toda rua, em toda escola, em toda praça”, defende Gontijo. 

Segundo ele, um levantamento da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas em parceria com Ministério do Turismo e da Cultura aponta que as festas juninas são responsáveis por 3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O esperado retorno do evento está sendo muito positivo e a procura de contratantes tem sido alta. Na avaliação dele, o caráter familiar dos arraiás atrai a população sedenta por participar de comemorações em público. Para os participantes do movimento, é um alívio. 

Ao longo do ano, os grupos se mantêm financeiramente com eventos comunitários da região onde a quadrilha atua. Eles organizam pamonhadas, galinhadas, rifas e promovem momentos como lançamento de temas para arrecadar fundos para garantirem os recursos necessários para custos básicos como o traje dos dançarinos. Fontes oriundas de governo, lei de incentivo e de patrocínio não são o suficiente. Uma saia simples chega a custar R$600, mas pode variar entre R$1,5 mil e R$2,7 mil, dependendo do tipo e quantidade de tecido, de brilho, pedraria, renda, tira bordada. 

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CNU: Decisão judicial reintegra 32 mil candidatos

O Concurso Público Nacional Unificado (CNU), conhecido como o “Enem dos Concursos”, sofreu significativas alterações após uma decisão judicial que reintegrou mais de 32 mil candidatos anteriormente eliminados. Essa medida veio em resposta a uma ação judicial que questionou a clareza das regras de identificação dos cadernos de provas.
 
Os candidatos reintegrados, que totalizam 32.260, foram informados por e-mail, WhatsApp e na área do candidato no site oficial do concurso. Esses candidatos haviam sido eliminados por não preencherem corretamente os campos de identificação no cartão de respostas, especificamente a “bolinha” com o número do caderno e a frase de segurança na capa.

Novo cronograma

Com a reintegração, o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) e a Fundação Cesgranrio divulgaram um novo cronograma. Os candidatos regulares devem enviar a documentação comprobatória para a prova de títulos até 4 de dezembro de 2024, enquanto os candidatos reintegrados têm até 5 de dezembro de 2024, com a exigência de que os títulos tenham sido obtidos até outubro.
 
  • 25 de novembro de 2024: Divulgação dos resultados das provas objetivas para os candidatos reintegrados.
  • 4 e 5 de dezembro de 2024: Envio de títulos.
  • 6 de dezembro de 2024 até 10 de janeiro de 2025: Análise de títulos.
  • 9 de dezembro de 2024: Divulgação das notas preliminares das provas discursivas e redações.
  • 9 e 10 de dezembro de 2024: Interposição de eventuais pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações.
  • 20 de dezembro de 2024: Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações.
  • 23 de dezembro de 2024: Convocação para o procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros.
  • 6 a 10 de janeiro de 2025: Perícia médica dos candidatos que se declararem com deficiência.
  • 11 e 12 de janeiro de 2025: Procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros e indígenas.
  • 15 de janeiro de 2025: Resultado preliminar da avaliação de títulos.
  • 15 e 16 de janeiro de 2025: Prazo para interposição de recursos sobre a avaliação de títulos.
  • 11 de fevereiro de 2025: Divulgação do resultado final.

Impacto da reintegração

A decisão judicial também contemplou a ampliação do número de correções para candidatos cotistas, equiparando-o ao da ampla concorrência, conforme a Instrução Normativa nº 23. Isso significa que mais candidatos pelas cotas raciais terão suas provas discursivas corrigidas.
 
A prova de títulos, que tem caráter classificatório, serve para ajustar a posição dos candidatos no ranking final, sem desclassificar os participantes que não apresentarem títulos. Os critérios de pontuação estão limitados a 10 pontos.
 
O CNU, que bateu o recorde como o maior concurso público já realizado com 2,14 milhões de inscritos, registrou uma abstenção histórica de 54,12% nos dois turnos de provas. O estado do Ceará teve o maior número de candidatos inscritos que não compareceram, com 59,65% de faltosos.

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