Delegado suspeito de abuso de autoridade é transferido de Cavalcante

O delegado Alex Rodrigues foi transferido pela Diretoria da Polícia Civil da Delegacia de Cavalcante, na região Norte do Estado, para outra delegacia não divulgada pela instituição, 15 dias depois de prender o médico Fábio França, dia 27 de janeiro, no município. A prisão teria ocorrido, segundo testemunhas, porque o delegado exigiu atendimento prioritário por ser delegado e por estar com Covid-19. Como o médico estava atendendo outras pessoas, pediu que ele aguardasse. O delegado teria ficado alterado e determinado a prisão em flagrante do médico.

A situação do caso

O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e na imprensa. Na audiência de custódia de Fábio França, no dia seguinte, o juiz do caso afirmou que a prisão foi ilegal e determinou a soltura do profissional de saúde. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) e a Corregedoria da Polícia Civil apuram o suposto abuso de autoridade por parte do delegado. Em Cavalcante, a população fez manifestações a favor de Fábio França e contra o que foi classificado por populares como ato arbitrário do delegado.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que a transferência de Alex Rodrigues obedece “critérios técnicos”, informando que “houve mudanças nas lotações de vários delegados, não só a dele” e que não pode informar quantos delegados foram transferidos de delegacias porque “isso é informação estratégica, sigilosa da instituição”. É possível que, devido à investigação por parte da Corregedoria, o delegado esteja apenas à disposição da Superintendência de Polícia Judiciária da instituição, ou seja, sem lotação em delegacia até o final do processo administrativo, como é de praxe na Polícia Civil.

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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