Desavenças e psicopatologias. São muitas as causas que podem ter levado Reginaldo José Barbosa, de 37 anos, e José de Jesus, a matar os irmãos Ayla Luciene Jesus Nunes, de 5 anos, e Luiz Otávio Nunes Reis, de 7 anos, em Bonópolis, segundo o Tenente Coronel da Polícia Militar (PM), Francisco de Assis Jubé, que participou da caçada pelos suspeitos.
Reginaldo era procurado desde a quarta-feira, 6, após degolar as crianças e abusar sexualmente de Ayla, na pequena Bonópolis. Ele foi morto na manhã deste domingo, 10, durante um confronto policial. Já José, por outro lado, acabou sendo preso ainda no domingo suspeito de ter participado do crime. Os homens foram localizados em uma região de mata fechada no assentamento Plínio Arruda Sampaio, zona rural da cidade.
“Apenas na finalização do inquérito vamos ter a certeza do que pode ter provocado o crime. Afinal, há várias circunstâncias que podem estar envolvidas. O fato é que o crime foi de muita violência. O Reginaldo não possuía passagens. Já o José foi autuado por porte ilegal de arma de fogo na mesma ocorrência. Em Goiás ele não tem outros registros, mas estamos esperando os dados dele chegar, visto que ele é de outro estado”, explicou.
Fuga
Reginaldo, assim como outros assassinamos famosos, como Lázaro Barbosa e Wanderson Mota, fugiu para a zona rural por acreditar ser mais seguro, conforme explicou o Coronel Francisco. Porém, o militar afirma que a prática de cometer crimes brutais e fugir para zonas rurais não pode virar ‘moda’ entre os criminosos.
“Os crimes envolvendo Lázaro, Wanderson e Reginaldo são distintos. Um não tem nada a ver com o outro. O Reginaldo foi para a zona rural porque ele era de lá. Ele acreditava que estava mais seguro por conhecer a região. Essa rotina de matar alguém e buscar abrigo no cerrado não pode virar algo comum, jamais. As forças de segurança pública estão prontas para combater esses criminosos em qualquer ambiente. Isso já se mostrou em alguns casos”, concluiu.