Desavenças ou problemas mentais? O que motivou o duplo homicídio de Bonópolis?

Relembre cinco crimes que chocaram Goiás em 2022

Desavenças ou problemas mentais? O que motivou o duplo homicídio de Bonópolis?

Desavenças e psicopatologias. São muitas as causas que podem ter levado Reginaldo José Barbosa, de 37 anos, e José de Jesus, a matar os irmãos Ayla Luciene Jesus Nunes, de 5 anos, e Luiz Otávio Nunes Reis, de 7 anos, em Bonópolis, segundo o Tenente Coronel da Polícia Militar (PM), Francisco de Assis Jubé, que participou da caçada pelos suspeitos.

Reginaldo era procurado desde a quarta-feira, 6, após degolar as crianças e abusar sexualmente de Ayla, na pequena Bonópolis. Ele foi morto na manhã deste domingo, 10, durante um confronto policial. Já José, por outro lado, acabou sendo preso ainda no domingo suspeito de ter participado do crime. Os homens foram localizados em uma região de mata fechada no assentamento Plínio Arruda Sampaio, zona rural da cidade.

“Apenas na finalização do inquérito vamos ter a certeza do que pode ter provocado o crime. Afinal, há várias circunstâncias que podem estar envolvidas. O fato é que o crime foi de muita violência. O Reginaldo não possuía passagens. Já o José foi autuado por porte ilegal de arma de fogo na mesma ocorrência. Em Goiás ele não tem outros registros, mas estamos esperando os dados dele chegar, visto que ele é de outro estado”, explicou.

Fuga

Reginaldo, assim como outros assassinamos famosos, como Lázaro Barbosa e Wanderson Mota, fugiu para a zona rural por acreditar ser mais seguro, conforme explicou o Coronel Francisco. Porém, o militar afirma que a prática de cometer crimes brutais e fugir para zonas rurais não pode virar ‘moda’ entre os criminosos.

“Os crimes envolvendo Lázaro, Wanderson e Reginaldo são distintos. Um não tem nada a ver com o outro. O Reginaldo foi para a zona rural porque ele era de lá. Ele acreditava que estava mais seguro por conhecer a região. Essa rotina de matar alguém e buscar abrigo no cerrado não pode virar algo comum, jamais. As forças de segurança pública estão prontas para combater esses criminosos em qualquer ambiente. Isso já se mostrou em alguns casos”, concluiu.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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