Descarte clandestino de entulho aumenta 70% em Goiânia nos últimos seis meses

A Prefeitura de Goiânia registrou aumento de 70% de entulhos que são jogados em locais clandestinos em toda a cidade nos últimos seis meses. Segundo levantamento da Companhia de Urbanização (Comurg), a média de remoção em 2022 oscilava entre 48.470 mil toneladas por mês, sendo que, neste ano, já passou de 82.290 mil toneladas entre os meses de maio e outubro.

No comparativo do mês de outubro de 2022 e 2023, o crescimento do volume de materiais descartados irregularmente ultrapassa 81%. Ao cruzar os dados de agosto dos dois anos, este dado é ainda maior, de 30.823 mil toneladas para 84.458 mil toneladas.

“Em agosto temos o número alarmante de 174% de aumento de entulhos recolhidos, que foram jogados pela população em locais, na maioria, limpos pela Prefeitura”, alerta o presidente da Comurg, Alisson Borges.

Os dados apontam que, em 2022, foram registrados 66.198 mil toneladas em maio; junho, 55.861 mil toneladas; julho, 50.142 mil toneladas; agosto, 30.823 mil toneladas; setembro, 43.668 mil toneladas; outubro, 44.131 mil toneladas, como média de 48 mil toneladas em uma soma de 290 mil toneladas.

No comparativo com 2023, foram recolhidos em maio 84.343 mil toneladas; junho 86.050 mil toneladas; julho 74.429 mil toneladas; agosto 84.458 mil toneladas; setembro 84.458 mil toneladas; outubro 80 mil toneladas.

O presidente Alisson destaca a importância da colaboração dos moradores para que a cidade possa continuar evoluindo para o bem-estar comum. “Ainda há muitos moradores que realizam descarte clandestino. Em todos os bairros é possível ver entulhos na rua, na calçada, nas praças e em lotes baldios. Precisamos do apoio de todos”, ressalta, lembrando que o descarte em locais inapropriados é crime, passível de multas que podem chegar a R$ 5 mil.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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