Despesas com pensões de militares aumentam 68% acima da inflação em 15 anos

Governo Anuncia Cortes em Pensões de Militares para Economizar

O governo federal, engajado em um discurso sobre a revisão dos gastos públicos, apresentou um pacote que inclui mudanças nos benefícios e na aposentadoria dos integrantes das Forças Armadas para economizar recursos. As despesas com pensões de militares têm crescido significativamente nos últimos 15 anos, superando a inflação.

De 2008 a 2023, as despesas com pensões de militares aumentaram 203%, passando de R$ 20,9 bilhões para R$ 27,1 bilhões, 68 pontos percentuais acima da inflação. A equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs mudanças como a revisão da figura jurídica da ‘morte ficta’, custando cerca de R$ 25 milhões anuais.

Outra mudança proposta é a fixação de uma idade mínima de 55 anos para a aposentadoria, e as despesas com aposentadorias e pensões cresceram 18,2%, passando de R$ 27,3 bilhões para R$ 32,4 bilhões. O pacote de revisão, que inclui mudanças nas regras do salário mínimo e benefícios sociais, visa economizar R$ 1 bilhão por ano, parte de um esforço para equilibrar as contas públicas em 2024.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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