Detento recebe nova voz de prisão por oferecer R$ 50 mil a policiais penais

Um detento que cumpre pena na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, voltou a receber voz de prisão na tarde de terça-feira, 7, por tentativa de suborno. Condenado por homicídio e tentativa de homicídio, ele ofereceu a policiais penais lotados na unidade a quantia de R$ 50 mil em troca de acesso à droga sintética conhecida como K4, também chamada de supermaconha.

O flagrante ocorreu durante o procedimento de revista, enquanto os policiais organizavam a retirada de presos para atendimento jurídico. No momento da tentativa de suborno, o detento questionou se o aparelho de Bodyscan estava funcionando adequadamente, sinalizando seu desejo de facilitação.

Diante dessa ação, outros dois policiais que estavam nas proximidades imediatamente deram voz de prisão ao custodiado. O detento foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Aparecida de Goiânia e, além de suas condenações anteriores, agora enfrenta acusações por corrupção ativa.

O diretor da POG, Erivaldo Alves, destacou a importância das minuciosas inspeções durante os procedimentos de revista na unidade. “Inclusive, recentemente, adquirimos três novas esteiras de scanner para a inspeção de cargas e produtos que são deixados por familiares de custodiados nas unidades prisionais (Cobal) e fornecedores do sistema prisional”, afirmou.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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