Divulgadas principais atrações da 28º edição do Goiânia Noise Festival; confira

Divulgadas principais atrações da 28º edição do Goiânia Noise Festival; confira

A Monstro Discos anunciou nesta semana as principais atrações do 28º Goiânia Noise Festival, que será realizado nos dias 12 e 14 de abril, no Centro Cultural Oscar Niemeyer.

A 28ª edição contará com mais de 40 shows e com uma tradicional estrutura de shows intercalados entre dois palcos montados no Palácio da Música e na Esplanada. A área externa receberá também bares, praça de alimentação e uma feira de artigos pop. O festival terá o Estúdio Noise de volta, que é uma espécie de terceiro palco onde artistas tocam e gravam ao vivo.

Entre as atrações divulgadas estão os pernambucanos da Nação Zumbi (que este ano celebra 30 anos do clássico disco Da Lama ao Caos) e do Devotos, os goianos do Boogarins, as bandas indie Terno Rei, Francisco El Hombre e Rancore, a cantora Letrux e os grupos de heavy metal Krisiun e Nervosa.

“Ainda iremos anunciar outros artistas e novidades, mas esses são, basicamente, os headliners de cada noite”, explica Leo Bigode, criador e produtor do festival. “O line up é bem diversificado, com bandas de vários estilos, linguagens e gerações e tudo misturado, como sempre fizemos”.

Os ingressos estarão à venda já na próxima semana através do site Bilheteria Digital e haverá descontos para quem doar 1 litro de leite. Todo o leite arrecadado será encaminhado para a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). Mais informações podem ser obtidas nas redes oficiais do festival. O Goiânia Noise Festival conta com apoio da Equatorial, via Lei Goyazes, e do Governo de Goiás.

Na primeira noite de festival, sexta-feira, dia 12, contará com apresentações das bandas Nação Zumbi, Francisco El Hombre, Devotos e Krisiun. Já no sábado, dia 13, será a vez do Terno Rei, Letrux e Nervosa. Para encerrar, dia 14 de abril, subirão aos palcos os grupos Boogarins e Rancore.

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Restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos faz descoberta de cemitério de africanos escravizados

A restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Jaraguá, culminou em uma importante descoberta arqueológica: um cemitério com mais de 200 anos. Durante as escavações para a implantação de um sistema de drenagem, os arqueólogos encontraram ossadas que, segundo especialistas, são possivelmente de africanos escravizados e negros libertos.

A obra, iniciada em abril deste ano, é realizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com um investimento de R$ 3,5 milhões. A conclusão está prevista para 2025. A descoberta das ossadas aconteceu em novembro, quando 35 ossadas foram exumadas sob o calçamento externo, e centenas de outros túmulos foram identificados.

Importância Histórica e Cultural

“É uma descoberta importantíssima para a história de Jaraguá e do estado de Goiás, pois nos permite resgatar a memória histórica de um período significativo para a formação cultural”, ressalta a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes. Este achado reforça a importância da preservação do patrimônio material e imaterial, conectando-nos com as raízes de nossa história.

Além das ossadas, os trabalhos também revelaram, com a remoção do piso de madeira, 56 campas funerárias numeradas dentro da igreja. Segundo os arqueólogos, há cerca de 150 sepultamentos nas laterais, no fundo e no pátio frontal da igreja. “Tem um sepultamento atravessado embaixo da escada da igreja, então quer dizer que aquela escada não é tão antiga, não é a original da construção. Em alguns locais a gente encontrou sobreposição de esqueleto, ou seja, existia o uso contínuo dessas covas”, conta o arqueólogo Wagner Magalhães.

A equipe agora enfrenta o desafio de extrair o máximo de informações possíveis sobre os esqueletos, que estão em péssimas condições de preservação devido ao solo úmido do local. As ossadas retiradas serão estudadas em laboratório para obter informações sobre sexo e faixa etária. Posteriormente, será feito um levantamento histórico com base nos registros de batismo e morte.

“Foi um trabalho surpreendente não só porque é inédito, mas é uma coisa que está mexendo com a memória. Quem eram essas pessoas? Apesar de não ter a história completa, a gente tem uma ideia do que aconteceu ali”, ressalta a arqueóloga Elaine Alencastro.

Educação patrimonial

Após o trabalho de curadoria da equipe arqueológica, a Secult, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Goiás, vai oferecer uma ação de educação patrimonial na igreja. “Todas as nossas obras já possuem tapumes educativos que contam a história do edifício, mas, com essa descoberta, vamos montar uma estrutura na igreja para que todos possam conhecer mais sobre essa história que ficou escondida durante tantos anos”, adianta a superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, Bruna Arruda.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi construída em 1776 pela irmandade de negros de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Nessa época, era comum a construção de igrejas específicas para a população negra. “Essa igreja foi dedicada aos pretos e foi construída por eles, e a população africana teve um papel importantíssimo até para a formação da cidade de Jaraguá. Então o que a gente tem aqui é um pouquinho da nossa história e traz também um pouco da história do início das minas de ouro, desses povos que trabalharam lá”, explica Wagner Magalhães.

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