A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (2) uma nova fase da operação sobre desvios de recursos no combate à Covid-19 pelo governo do Amazonas. Um dos alvos de mandado de prisão temporária, o empresário Nilton Costa Lins Júnior recebeu a tiros os policiais durante a ação realizada em sua residência. Nenhum policial chegou a ser atingido e o empresário acabou preso.
Nilton Lins é um dos donos do grupo empresarial que leva o nome de sua família e que possui um hospital privado em Manaus, que foi requisitado pelo governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) para receber pacientes com Covid-19, sob um contrato de três meses no valor de R$ 2,6 milhões que previa a instalação de estrutura de hospital de campanha. Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), houve direcionamento à contratação do hospital privado, já que um outro hospital possuía estrutura pronta para receber ampliação de 300 leitos.
No início do ano, o empresário também se envolveu em outra polêmica sobre suspeitas de furar a fila da vacinação. Suas filhas Gabrielle Kirk Lins e Isabelle Kirk Lins se vacinaram em janeiro, logo no início da aplicação do imunizante. As duas são médicas recém-formadas e tinham sido nomeadas em cargos comissionados na prefeitura de Manaus na véspera do início da vacincação na cidade.