Doria vence prévias do PSDB e disputa Presidência em 2022

Doria vence prévias do PSDB

João Doria, governador de São Paulo, venceu em primeiro turno, neste sábado (27), as prévias do PSDB para escolher quem disputará pelo partido a Presidência da República na eleição de 2022.

Ele obteve mais que a maioria dos votos (50% mais um) e superou nas prévias o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus.

Com a vitória, Doria passa a ser o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. Uma convenção nacional do partido deve confirmar o nome do governador de São Paulo. A candidatura será oficializada com o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo para inscrição de candidaturas se encerra em agosto do próximo ano.

Resultado da prévia:

João Doria – 53,99% dos votos
Eduardo Leite – 44,66%
Arthur Virgílio – 1,35%

Esta foi a primeira vez que o partido recorreu à realização de prévias para escolher pré-candidato à Presidência da República.

Votação interrompida

Em razão a problemas no aplicativo de votação, as prévias precisaram ser interrompidas por quase uma semana e só foram concluídas neste sábado. A demora para a conclusão da votação acabou agravando uma crise já existente entre Doria e Leite, que trocaram varpas durante a pré-campanha.

Após o anúncio do resultado, o ex-prefeito e ex-senador Artur Virgílio afirmou que a prioridade agora será ”unir o partido”.

“Vamos ter que romper qualquer laço do PSDB com o bolsonarismo. Não tem emenda que valha isso, não tem circunstância que valha isso. Nos temos que começar a fazer justiça aos nossos militantes”, declarou.

Doria

No discurso após o anúncio do resultado, Doria ressaltou realizações de figuras do PSDB nos governo do partido e atacou rivais, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro, prováveis candidatos a Presidência da República. Em sua fala, o político falou em vencer ”a corrupção e a incompetência”.

Em relação a Lula, ele disse que a adoção de políticas sociais não justifica ”o maior esquema de corrupção do qual se tem notícia”.

“Os governos Lula e Dilma representaram a captura do estado pelo maior esquema de corrupção do qual se tem notícia no país, a moralidade convertida em roubalheira. Fazer políticas públicas para os mais pobres não dá direito, a quem quer que seja, de roubar o dinheiro público. Os fins não justificam os meios. A péssima gestão da economia com Dilma nos legou dois anos de recessão e desemprego”, declarou.

Doria ainda declarou que Bolsonaro ”vendeu um sonho e entregou um pesadelo”.

“Nosso fraterno Brasil se transformou no Brasil da discórdia, da desunião, do conflito, da briga entre familiares e amigos, da arrogância política. Da violência contra a democracia. Dos ataques à imprensa e a jornalistas”, disse.

João Doria tem 63 anos e foi eleito governador de São Paulo em 2018, com mais de 10,9 milhões de votos. Assim como Eduardo Leite, o político apoiou Jair Bolsonaro durante o segundo turno em 2018 e chegou a criar o slogan ”BolsoDoria”.

Antes de ser governador de São Paulo, o tucano foi eleito prefeito da capital paulista em 2016. Formado em jornalismo e publicidade, ele se filiou ao PSDB em 2001.

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