Drone ucraniano ataca terceira maior refinaria de petróleo da Rússia

Ataque atingiu uma unidade que processa cerca de 155 mil barris de petróleo por dia

Um drone ucraniano atingiu a terceira maior refinaria de petróleo da Rússia nesta terça-feira, 2, a cerca de 1.300 quilômetros das linhas de frente. O ataque atingiu uma unidade que processa cerca de 155 mil barris de petróleo por dia, embora uma fonte da indústria tenha dito que não causou danos críticos.

Treze pessoas ficaram feridas, segundo informações do Ministério da Saúde do Tartaristão. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que o exército russo “está se esforçando para minimizar e eliminar completamente a ameaça” de ataques ucranianos na Rússi

Imagens do local indicavam que o drone atingiu a unidade de refino primário, CDU-7, situada o Tartaristão, região altamente industrializada na Rússia. A instalação integra a Refinaria Taneco, que tem capacidade de produção anual de mais de 17 milhões de toneladas (340.000 barris por dia).

Uma fonte da indústria, que falou à agência de notícias Reuters sob condição de anonimato, disse que o pessoal estava voltando para a fábrica no momento do ataque. Um incêndio começou na refinaria, mas foi controlado em 20 minutos, informou a agência de notícias estatal RIA. A produção não foi interrompida.

A unidade atingida representa cerca de metade da capacidade total de produção anual da fábrica e cerca de 6,2% da capacidade de refino da Rússia. Uma fonte da inteligência militar na Ucrânia disse que o objetivo era reduzir as receitas petrolíferas da Rússia.

Outra fonte de inteligência ucraniana disse que drones fabricados na Ucrânia também atingiram uma fábrica russa que produz drones de ataque de longo alcance Shahed, causando “danos significativos”.

A Ucrânia começou nos últimos meses a atacar as refinarias de petróleo da Rússia, o segundo maior exportador de petróleo do mundo, impactando o comércio altamente lucrativo de produtos refinados de Moscou, em meio a extensos ataques com mísseis russos contra a rede energética da Ucrânia.

Veja vídeo:

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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