Duas ameaças de massacre são registradas em escolas de Goiás

ameaças de massacre

Duas ameaças de massacre em escolas foram registradas, na manhã desta quinta-feira, 8, pela Polícia Militar (PM) e  Polícia Civil (PC) do estado. Os casos ocorreram em Goiânia e São Francisco de Goiás, a 96km da capital. 

Ameaça de massacre em colégio particular de Goiânia

Na manhã desta quinta-feira, 8, o Batalhão Escolar da Polícia Militar (PM) foi acionada para apurar uma possível ameaça de massacre no Colégio Santo Agostinho, no Setor Central, em Goiânia. Segundo a polícia, o recado sobre o suposto crime foi escrito na parede de um dos banheiros masculino do colégio da rede privada, com data para esta quinta.  

“Maçacre 8/9”, escreveram na parede.

A mensagem se espalhou pelas redes sociais e pais de alunos decidiram ir até a escola e acionar a polícia. 

Ao Diário do Estado, o Tenente Coronel Wolney Ferreira da Silva, do Batalhão Escolar da Polícia Militar de Goiás, contou que a diretoria do colégio informou que o recado estava a mais de três dias na parede e que assim que visto foi apagado para não alarmar os alunos. Além disso, as aulas não foram suspensas e a rotina da escola continua normal.

A suspeita é que alunos tenham feito isso para afetar a rotina do colégio e “emendar o feriado”.

Segundo o Tenente Coronel Wolney Ferreira da Silva, situações como essas são recorrentes em diversos lugares do país devido a influência das redes sociais.

”O que percebemos é que isso acontece em geral em escola de Goiânia, desde o início do ano, perto de eventos importantes, como provas. E, o principal motivo, é para tentar adiar a entrega das situações e mudar a rotina da escola.”, conta o tenente.

Investigações continuam para procurar quem escreveu a mensagem.

Ameaça em colégio estadual de São Francisco de Goiás 

Já em São Francisco de Goiás, mensagem que ameaçava um massacre no Colégio Estadual Antônio Ferreira, foi postada por um aluno nas redes sociais. 

Nas postagens, o adolescente aparece com o rosto tampado enquanto na legenda diz: “o massacre tá perto”. Em outra foto, ele publicou uma pistola de brinquedo sobre o uniforme do colégio e a frase: “Segunda-feira que me aguarde’’. 

A direção da unidade tomou conhecimento do fato e acionou a Polícia Civil (PC). Até o momento não há informações se as aulas foram suspensas. 

Nota resposta Seduce

“Em atenção à solicitação de informações acerca da ameaça de massacre registrada no Colégio Estadual Antônio Ferreira Rios, em São Francisco de Goiás, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO) responde e esclarece:
– O estudante responsável pela ameaça foi identificado pela equipe gestora da unidade, que entrou em contato com a família e com o Conselho Tutelar para as devidas providências;
– Um boletim de ocorrência foi registrado e o caso está sendo apurado pela Polícia Civil;
– A equipe da Superintendência de Segurança Escolar da Seduc/GO também foi acionada e acompanha a apuração dos fatos;
– A Secretaria reitera seu compromisso em promover a cultura da paz nas escolas estaduais. A unidade em questão, inclusive, participa de ações de conscientização e combate à violência efetuadas pela Gerência de Segurança e Saúde do Servidor e do Estudante da Seduc/GO.”

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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