Eduardo Bolsonaro pede acesso a relatório sigiloso contra Alexandre de Moraes

Eduardo Bolsonaro pede acesso a relatório sigiloso contra Alexandre de Moraes

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) solicitou acesso a um relatório sigiloso da Procuradoria-Geral da República (PGR). A informação é da coluna Igor Gadelha. O documento, revelado na semana passada pela revista Veja, contém críticas à atuação do ministro do STF Alexandre de Moraes na prisão do tentente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de seu pai.

O pedido foi feito pelo parlamentar por meio de requerimento protocolado na segunda-feira (3/7) na CPMI do 8 de Janeiro, da qual ele é membro. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro também pede a convocação da subprocuradora Lindôra Araújo, que assina o relatório da PGR.

No requerimento, Eduardo alega que a convocação “se faz necessária para esclarecer se não havia nenhuma justificativa plausível para a prisão preventiva do ex-ajudante de ordens e, ainda, se há alguma relação de causalidade com o objeto determinado desta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito”.

Segundo a reportagem da Veja, Lindôra diz no parecer que a operação que resultou na prisão de Cid foi uma “pescaria” de Moraes, termo utilizado para tratar de uma diligência sem fatos determinados, com intuito de colher provas aleatórias de supostos crimes.

Com base na notícia, o filho 03 de Jair Bolsonaro argumenta que a CPMI precisa ter acesso ao documento, na medida em que investiga a participação de Mauro Cid nas invasões golpistas de 8 de janeiro. O ex-ajudante de ordens será ouvido pela CPMI em 12 de julho.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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