Eduardo Bolsonaro pede acesso a relatório sigiloso contra Alexandre de Moraes

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) solicitou acesso a um relatório sigiloso da Procuradoria-Geral da República (PGR). A informação é da coluna Igor Gadelha. O documento, revelado na semana passada pela revista Veja, contém críticas à atuação do ministro do STF Alexandre de Moraes na prisão do tentente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de seu pai.

O pedido foi feito pelo parlamentar por meio de requerimento protocolado na segunda-feira (3/7) na CPMI do 8 de Janeiro, da qual ele é membro. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro também pede a convocação da subprocuradora Lindôra Araújo, que assina o relatório da PGR.

No requerimento, Eduardo alega que a convocação “se faz necessária para esclarecer se não havia nenhuma justificativa plausível para a prisão preventiva do ex-ajudante de ordens e, ainda, se há alguma relação de causalidade com o objeto determinado desta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito”.

Segundo a reportagem da Veja, Lindôra diz no parecer que a operação que resultou na prisão de Cid foi uma “pescaria” de Moraes, termo utilizado para tratar de uma diligência sem fatos determinados, com intuito de colher provas aleatórias de supostos crimes.

Com base na notícia, o filho 03 de Jair Bolsonaro argumenta que a CPMI precisa ter acesso ao documento, na medida em que investiga a participação de Mauro Cid nas invasões golpistas de 8 de janeiro. O ex-ajudante de ordens será ouvido pela CPMI em 12 de julho.

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Datafolha: 62% dos brasileiros se opõem à anistia para golpistas do 8/1

STF condena mais 29 réus pelos atos golpistas de 8/1

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada na quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, revelou que 62% dos brasileiros são contrários à concessão de anistia aos participantes dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Esses atos envolveram a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A pesquisa foi conduzida após a Polícia Federal (PF) indiciar Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e atualmente filiado ao Partido Liberal (PL), por envolvimento na conspiração que levou aos eventos de 2022. A rejeição à anistia é clara, refletindo a opinião majoritária da população brasileira sobre o assunto.

Os dados da pesquisa indicam que a oposição à anistia é significativa, com 62% dos entrevistados expressando sua discordância. Essa posição é compartilhada por uma ampla gama de segmentos da sociedade, embora haja variações nos níveis de apoio e rejeição entre diferentes grupos.

Veja os números:

  • Contra: 62% (eram 63% em março);
  • A favor: 33% (eram 31%);
  • Não sabem: 5% (eram 4%);
  • Indiferente: 1% (era 2%)

Apoio à Anistia

Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos apoiadores a anistia são homens, com 37%, enquanto 29% das mulheres entrevistadas defendem a medida. Já 64% das mulheres são contra a anistia, e 59% defendem punição para os participantes do 8/1.

Em relação ao apoio a políticos, quem declarou voto no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 defende em sua maioria o perdão aos golpistas: 45%. Já 72% dos que declararam voto no presidente Lula (PT) na última eleição presidencial são contra a anistia.

Já em relação a classe de trabalho, os funcionários públicos (68%), estudantes (68%), desempregados (67%) e moradores da região Nordeste (66%) são os grupos sociais que mais defendem a punição.

Os mais favoráveis à anistia são os assalariados sem registro (38%), empresários (37%), evangélicos (37%) e pessoas de 35 a 44 anos (36%).

O instituto ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios do Brasil nos dias 12 e 13 de dezembro, com entrevistados de idade entre 16 anos ou mais.

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