Eleições 2022: Caiado lidera intenções para governador, seguido de Marconi e Mendanha

Levantamento feito entre 21 a 24 de janeiro, que ouviu presencialmente 801 eleitores, aponta a liderança do governador Ronaldo Caiado (DEM) com 37,1% das intenções de voto, seguido do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) com 14,1% e do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), com 13%. A pesquisa é do instituto Serpes, contratada pela Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), sobre as eleições deste ano.

A pesquisa mostra o cenário eleitoral em Goiás cerca de oito meses antes das eleições, agendadas para o dia 2 de outubro. A campanha começará dia 16 de agosto. Conforme o calendário eleitoral, os partidos devem definir os candidatos entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, por meio de convenções.

O levantamento se divide em duas formas de consulta. A população foi ouvida por pesquisa espontânea, sem apresentação de nenhum nome, e também por pesquisa estimulada, em que são listados nomes de pré-candidatos a governador. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Pesquisa estimulada

O levantamento apresentou seis nomes de pré-candidatos ao eleitor. Além dos três primeiros colocados, citados acima, havia o nome do deputado federal Vitor Hugo (PSL), que tem 2,6% das intenções de voto, o ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot (Patriota) com 1,4% e ainda o ex-reitor da PUC Goiás Wolmir Amado que obteve 0,4%.

Entre os três primeiros colocados, Caiado tem mais intenções de voto entre os eleitores que estudaram até o ensino fundamental (40,1%), assim como Marconi (17,1%). A maior parte dos eleitores que votariam em Gustavo Mendanha tem ensino superior completo (18,3%).

Entre os eleitores, 21,5% ainda não decidiram em quem votar nas próximas eleições e 10% anulariam o voto em um cenário eleitoral com estes pré-candidatos listados pela pesquisa.

Pesquisa espontânea

No levantamento em que não foram apresentados nomes aos eleitores, o número de pessoas que ainda não sabem em quem votar nas próximas eleições para governador é expressivamente maior: 74,9%. Além disso, 6% anulariam o voto.

Na pesquisa espontânea Ronaldo Caiado também lidera as intenções de voto (13,1%). Já Gustavo Mendanha passa do terceiro para o segundo lugar, com 3,2% e, depois, vem Marconi Perillo (2%). Jânio Derrot, assim como Vitor Hugo, tem 0,2%. Nesta pesquisa espontânea, surge o nome do senador Vanderlan Cardoso (PSD), também com 0,2% das intenções de voto.

Entre os três primeiros colocados na pesquisa espontânea, a maior parte do eleitorado de Caiado tem ensino superior (17%), bem como o de Gustavo Mendanha (5,2%) e de Marconi Perillo (2,6%).

Rejeição

Dos 801 eleitores ouvidos, 25,3% não votariam em Marconi Perillo de jeito algum, ainda que precisassem anular o voto. A rejeição a Ronaldo Caiado é de 19,5%. Vitor Hugo tem 6,9%, seguido de Jânio Darrot (6%), Gustavo Mendanha (4,7%), Wolmir Amado (4,2%). Por outro lado, 49,1% não rejeitam nenhum pré-candidato e 6,7% não decidiram. Os eleitores podiam escolher mais de uma resposta para esta questão.

A maior rejeição de Marconi está entre pessoas de 30 a 49 anos (28,7%) e com ensino superior (34%), assim como a de Caiado (22% e 29,4% respectivamente).

Gestão de Caiado

Entre os eleitores ouvidos, a maioria (41,9%) considera o governo de Caiado regular. Outros 32,3% consideram bom, 8,1% classificam como péssimo, 6,6% ruim e 6,5% consideram ótimo. Apenas 4,5% não opinaram sobre a gestão estadual.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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