Em Brasília, Caiado busca aumento de repasses para a saúde

O governador Ronaldo Caiado se reuniu na tarde desta quarta-feira (05/06) com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em Brasília, para solicitar o desbloqueio de R$ 70 milhões, oriundos de emendas parlamentares. Ainda durante o encontro, o governador solicitou a obtenção de verba para o Hospital Estadual de Águas Lindas e aumento dos repasses para os procedimentos de média e alta complexidade.

“Foi uma audiência em que nós avançamos bastante, discutimos assuntos relevantes para Goiás e trouxemos também as nossas reivindicações. Como médico, nós não podemos abrir mão de salvar vidas e de dar condições dignas para a população”, ressaltou o governador Ronaldo Caiado. “É muito importante ver essa prioridade que o senhor e toda sua equipe tem dado para a saúde”, ressaltou a ministra, Nísia Trindade.

O governador solicitou o repasse de R$ 55 milhões por ano para o custeio do Hospital de Águas Lindas, que está em fase avançada de construção, com 86,5% de execução e investimento de R$ 90 milhões de recursos estaduais. A unidade vai atender casos de média e alta complexidade, tornando-se referência para 1,2 milhão de moradores da macrorregião Nordeste, composta por 31 municípios.

Com mais de 15 mil m² de área construída, a estrutura contará com 164 leitos, incluindo uma maternidade, e destinará 20 leitos de terapia intensiva para bebês e crianças. “Conseguimos com a ministra a agilidade para o custeio do Hospital de Águas Lindas. A unidade de saúde vai ser fundamental para toda essa região, proporcionando cuidado e dignidade para a população de Goiás e do entorno de Brasília”, afirmou o secretário de estado da saúde, Rasível dos Reis.

Média e alta complexidade

A recomposição do teto de custeio para procedimentos de saúde de média e alta complexidade também foi tema da reunião. O valor é calculado com base no somatório dos recursos referentes à contribuição federal para custeio das atividades ambulatoriais e hospitalares. Goiás já recebeu R$ 150 milhões e ainda tem a receber mais R$ 385,5 milhões. “É fundamental que Goiás tenha uma recomposição dos gastos que já teve em 2023 e está fazendo em 2024. Esperamos que haja sensibilidade por parte do governo federal com o que tem sobrecarregado fortemente as finanças do estado”, afirmou Caiado.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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