Em centro de pesquisa da Embrapa, Caiado destaca potencial inédito de expansão da produção de arroz em Goiás

O governador Ronaldo Caiado visitou, nesta quinta-feira (23/11), as instalações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás, onde conheceu uma tecnologia promissora de plantio de arroz que tem potencial para tornar o estado autossuficiente e exportador do grão. O modelo de alta produtividade pode ser combinado a outras culturas, como soja, feijão e milho, e foi desenvolvido para os sistemas de irrigação por meio de pivô central.

A nova variedade de arroz pode chegar a produzir nove toneladas por hectare, com 70% dos grãos inteiros. O governador destacou o pioneirismo da pesquisa e a transformação que a tecnologia pode proporcionar para a agropecuária em Goiás. “Isso é inédito e nos dá outra perspectiva para o cultivo em pivô, em que podemos fazer a alternância do plantio, aumentando a matéria orgânica nas lavouras e fazendo o combate às pragas, porque o arroz quebra esse ciclo de pragas”, explicou Caiado.

De acordo com a Embrapa, Goiás tem 300 mil hectares disponíveis para o plantio com o novo cultivo de arroz, conhecido como BRS A502. A nova tecnologia deve impulsionar a criação de cerca de 10 mil postos de trabalho no campo e na indústria, gerando aproximadamente R$ 1,5 bilhão de receita bruta ao longo da cadeia produtiva.

Visita

Caiado visitou o Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de Arroz e Feijão, responsável pela conservação do material genético das sementes e encaminhamento para o processo de melhoramento genético. “A visita do governador pra nós tem um significado muito especial porque é uma oportunidade de mostrar o que estamos fazendo, que é colocar à disposição do produtor rural uma alternativa que vai permitir ao estado ser autossuficiente e até mesmo exportar arroz”, explicou o diretor-geral da Embrapa Arroz e Feijão, Élcio Guimarães.

Na última safra, o estado produziu 85,5 mil toneladas de arroz, ocupando a 11ª posição no ranking nacional. Esse número é insuficiente para atender a demanda de consumo goiano, que é de 260 mil toneladas aproximadamente. A introdução dessa variedade do grão tende a aumentar o rendimento de toda a cadeia produtiva. “O arroz entra no sistema de produção e viabiliza soja, feijão, milho, outros cultivos como tomate, qualquer coisa que você queira plantar no pivô, o arroz potencializa porque ele é uma gramínea, então ele vem para preencher esse espaço”, afirmou Élcio Guimarães.

Sustentabilidade

Os pesquisadores estimam que a introdução do arroz nos sistemas de produção intensificada gere uma economia de 10 milhões de litros de diesel, utilizados na importação, além de reduzir em 32,6 mil toneladas as emissões de dióxido de carbono (CO2). Além de aumentar a produção de grãos em Goiás, a nova tecnologia possibilita aos agricultores mais alternativas de cultivo e proporciona produtos de maior qualidade aos consumidores.

A unidade do órgão federal em Goiás disponibiliza tecnologias voltadas ao aumento da produtividade das lavouras, à redução de custos de produção, geração de renda, oferta de grãos de qualidade aos consumidores e à conservação do meio ambiente, com um portfólio de variadas opções de sementes de arroz de qualidade superior às disponíveis na atualidade.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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