O anúncio de reajuste para baixo do preço da gasolina vendida para as distribuidoras deve se refletir nas bombas em uma semana. A queda é a terceira seguida em menos de um mês pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ainda não se sabe exatamente de quanto será a economia por litro para o consumidor.
“Não podemos precisar porque as pesquisas da semana passada da ANP ainda não se refletiram de forma integral a redução. Já é percebido em alguns postos que houve queda. As distribuidoras estão começaram a reduzir o preço, mas menor que o anunciado pela Petrobras porque ainda têm estoques antigos. Até o fim desta semana o preço ao consumidor deve ser estabilizado. Isso leva de uma semana a dez dias” explica o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade.
Com a mudança de gestão do governo federal, o setor deve perder a isenção de impostos federais. O Sindiposto publicou uma carta na qual externa preocupação com o retorno dos preços altos dos combustíveis, o que desencadeia menos demanda nos postos e repercute em toda a sociedade. A cobrança deve recomeçar a partir de 1º de janeiro de 2023.
“O nível de preços praticados atualmente em nosso estado são resultado de uma política fiscal que exclui os tributos federais referidos e estabelece um teto para a cobrança, pelo governo estadual, do ICMS. Para se ter uma ideia da importância da continuidade dessa política, somente por meio da isenção federal, a redução no preço da gasolina é de R$ 0,65 por litro; a do álcool hidratado, R$ 0,24 por litro; sobre o óleo diesel, R$ 0,31 por litro”, informaram.
A redução do ICMS cobrado sobre os combustíveis feita pelo presidente Jair Bolsonaro prejudicou as contas públicas goianas. O corte em vigor desde junho deste ano fez com que os cofres perdessem quase R$ 1 bilhão de arrecadação do tributo somente entre julho e setembro deste ano. Com isso, a prestação de serviços públicos no estado ficou ameaçada e o governador Ronaldo Caiado propôs a criação da chamada “taxa do agro”. A medida aprovada pelos deputados estaduais prevê uma cobrança facultativa de 1,65%, no máximo, sobre as operações na produção agrícola, pecuária e mineral. A arrecadação será empregada exclusivamente em infraestrutura e transporte do estado.