Em Pequim, Caiado formaliza acordos com China Railway

No encerramento da missão oficial à China, o governador Ronaldo Caiado foi recebido em reunião com dirigentes da China Railway Limited (Crec), sediada em Pequim. O conglomerado corporativo de engenharia, design, construção, manufatura de equipamento industrial, desenvolvimento imobiliário e investimentos, entre outros, pretende investir em Goiás.

Para formalizar o propósito, foi assinado um memorando de entendimento que prevê viagem de representantes da Crec ao estado, em 2024, para início dos estudos e elaboração de projetos estruturantes.

CHINA RAILWAY

“Eles resolveram, depois de um longo tempo de conversa, mandar uma missão ao estado para analisar os nossos projetos e possíveis parcerias. É uma oportunidade de aliar a expertise da Crec na solução de demandas em todas as regiões”, confirmou Caiado.

A ideia é que o grupo, com capital e conhecimento tecnológico no setor de infraestrutura, possa se juntar a empresas brasileiras na construção obras de infraestrutura e investir na exploração de minério.

A missão será preparada pela Associação Sino Brasileira de Mineração (ASBN), que também promoveu uma segunda audiência entre a comitiva goiana e empresários chineses de diversos setores. O presidente da entidade, Luís Guimarães, destacou o potencial das tratativas.

“Goiás é um estado competitivo, com muito espaço para investimento. Como representante da ASBM, garanto todo envolvimento para que essas negociações avancem”, afirmou.

O vice-presidente da associação na Ásia, Zheng Wei, lembrou que em 2024, será o 50º aniversário das relações diplomáticas entre China e Brasil e a cúpula do G-20 será inaugurada.

“Planejamos, nesta data comemorativa, conduzir as empresas de várias câmaras de comércio para Goiás no próximo ano e discutir projetos de investimento”, explicou Wei.

CREC

A China Railway Group Limited (Crec) tem sido listada entre as 500 maiores empresas do mundo há 16 anos consecutivos. Em dezembro de 2017, passou por uma grande transformação, tornando-se uma entidade estatal totalmente financiada.

A empresa possui 300 mil funcionários e planeja expandir sua atuação global até atingir 3 milhões de empregos em todo o mundo. No mercado goiano, atua na Mina Boa Vista, em Catalão.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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